TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi recebido pelo líder chinês, Xi Jinping, nesta sexta-feira (22), no Grande Salão do Povo, em Pequim. O encontro ocorreu em meio ao Fórum Cinturão e Rota, que comemora dez anos do programa internacional de investimento em infraestrutura da China do qual o Brasil oficialmente não faz parte.
Comentando a reunião, a ministra-assistente de relações exteriores, Hua Chunying, afirmou que “a China está disposta a reforçar a sinergia entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil, com vistas a impulsionar a modernização dos dois países”, acrescentando que no ano que vem as relações diplomáticas bilaterais completam 50 anos.
Também participou do encontro o chanceler chinês, Wang Yi.
“Ambos são grandes mercados emergentes com projeção global”, descreveu Hua. Lira, acrescentou, é o primeiro presidente da Câmara a visitar a China em dez anos. Ele está no país com uma comitiva de deputados, entre eles Zeca Dirceu (PT-PR), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e André Figueiredo (PDT-CE), além de Daniel Almeida (PCdoB-BA), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China.
Eles também se reuniram com Xi e Wang. No dia anterior, já haviam se encontrado com o vice-presidente da China, Han Zheng, e visitado o Museu do Partido Comunista, onde Lira deixou uma mensagem escrita, divulgada em mídia social: “Em meu nome e em nome da delegação da Câmara dos Deputados do Brasil, agradeço a grande apresentação da história do Partido Comunista Chinês”.
Antes estiveram em Xangai, onde visitaram a Suzano Papel e Celulose, uma das maiores exportadoras brasileiras para o mercado chinês. A comitiva deixou o Brasil no último dia 10 e também esteve na Índia, para um encontro parlamentar do G20. O retorno está previsto para domingo, dia 22.
Xi e Wang também se reuniram na quinta-feira, em Pequim, com a ex-presidente da República Dilma Rousseff, hoje presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado Banco do Brics, sediado em Xangai. No relato da chancelaria, a instituição “torna o sistema financeiro internacional mais justo e equitativo e desempenha papel importante no apoio à cooperação entre os países em desenvolvimento”.
NELSON DE SÁ / Folhapress