Xodó da torcida ganha funk e embala fase do Botafogo

RIO DE JANEIRO, RJ, E PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – Matías Segovia desembarcou no Botafogo como mais um jovem oriundo do mercado sul-americano. Porém, não demorou para o paraguaio ganhar um apelido no diminutivo e cair nas graças da torcida.

Segovinha, como passou a ser chamado, inicialmente o diferenciava do zagueiro equatoriano Luis Segovia. A adaptação facilmente se encaixou no ritmo do funk e o transformou em personagem da música que vem embalando a campanha do líder do Brasileiro.

Os versos enaltecem os dribles do jovem de 20 anos e fizeram até mesmo John Textor, dono da SAF do clube alvinegro, se arriscar ao microfone e arrancar risadas em entrevista coletiva.

A MÚSICA

“Segovinha an-an-an” ganhou as arquibancadas. A música é uma versão do funk de “A novinha an-an-an”, de DJ Vitor e DJ Dynamite, que viralizou nas redes sociais. A homenagem ao meia é de Jorge Lazanha e foi gravada pelo funkeiro Yuri Hawaiano, alvinegro de coração.

“Eu já estava nesse processo de criar algo para o Botafogo e pensei fazer em cima desse funk. Fiz uma música falando do elenco. O refrão falava Tiquinho, mas como ele já tem um grito bastante famoso, vi que não tinha dado certo. Recebi outro convite do clube, para fazer em cima da letra do Jorge Lazanha, usando o nome do Segovinha. Depois, foi tudo muito rápido”, contou Yuri.

SUCESSO FORA DO BRASIL

A música que embala os botafoguenses ultrapassou as fronteiras. ‘Segovinha joga bola’ também é entoado com sotaque espanhol em todos os cantos do Paraguai. O atacante, antes chamado de Mathi (diminutivo de Mathías, seu primeiro nome), agora é conhecido como Segovinha também na terra natal.

“A canção pegou muito forte, todos conhecem. Agora chamam ele de Segovinha. Todos acompanham o sucesso que ele está tendo no Brasil”, contou o jornalista Wilson González, da Rádio ABC Cardinal.

“A música causa furor. Todos cantam e dançam no Paraguai”, completou Freddy Irala, jornalista da Tigo Sports.

MESSI PARAGUAIO

Segovia deixou seu país como um jovem tímido. Entre poucas palavras com os jornalistas, se limitava a trabalhar pelo início da carreira. Ele chegou a morar nos alojamentos do Guarani do Paraguai, onde começou.

“Ele sempre teve talento diferente dos demais, sempre se sobressaiu pela habilidade, todos prestavam atenção nele, por ser muito pequeno. Canhoto, baixinho, habilidoso, era difícil não fazer comparações com Messi”, completou González.

MODELO A SER COPIADO?

Na coletiva de apresentação do técnico Bruno Lage, John Textor ensaiou o refrão do funk e indicou que o modelo de contratação de Segovia pode se repetir. Ou seja, buscar jovens sul-americanos, às vezes desconhecidos do grande público, mas que podem se desenvolver no Botafogo.

“Houve uma mudança na ideia. Quando cheguei, falava-se de James [Rodríguez] e Cavani, mas o [chefe de scout Alessandro] Brito e o [diretor de futebol André] Mazzuco conversaram sobre trazer jogadores anônimos, que agora a torcida, inclusive, canta os nomes”, afirmou.

Redação / Folhapress

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