BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome mais forte da direita para as eleições de 2026 considerando a situação atual, de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Hoje, com certeza é o Tarcísio, pela relevância do estado de São Paulo. Algumas pesquisas já apontam o Tarcísio”, afirmou em conversa com jornalistas relatada pelos jornais O Tempo e Estado de Minas.
Inicialmente, o governador apontou Bolsonaro como aquele com maior viabilidade para as eleições de 2026.
Em entrevista à Folha há duas semanas, ele saiu em defesa do ex-presidente no caso das joias e disse que a Justiça precisa tratar todos de maneira igual.
Além de Bolsonaro e Tarcísio, Zema também citou o próprio nome e dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como opções para uma candidatura da direita nas próximas eleições presidenciais -os três foram reeleitos em 2022 e não podem concorrer novamente ao governo estadual.
Questionado no encontro sobre se gostaria de ser o candidato do bolsonarismo nas próximas eleições, Zema disse que “se for para chegar lá de pés e mãos amarradas, eu prefiro que outro vá”, conforme publicado pelo “O Tempo”.
No início deste mês, o governador disse que poderia ser candidato a presidente caso o seu nome apareça como o mais viável entre aqueles que compõem seu grupo político.
“Nós, governadores de centro-direita, temos conversado muito, nos aproximado, e no que depender de mim estarei apoiando o nome que o grupo vier analisar como o mais viável. Se for o meu, serei candidato”, afirmou em live.
Em outro momento, Zema não descartou disputar o pleito como candidato a vice-presidente. Ele negou, porém, a possibilidade de concorrer a um cargo no Legislativo, ao dizer que não tem perfil para o posto.
No encontro desta sexta, o governador de Minas também aproveitou para responder às críticas do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que afirmou na semana passada que Zema deixou o estado à beira de um colapso.
Sem citar diretamente o nome de Silveira, Zema disse que, desde 2022, seu governo já pagou R$ 6,7 bilhões à União, sendo a administração que mais pagou dívida na história, “ao contrário do que diz por aí um ministro”.
Na quarta (17), o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu parcialmente ao pedido do governo do estado e prorrogou para 1º de agosto o prazo para Minas Gerais retomar o pagamento de sua dívida com a União.
Com uma dívida de R$ 160 bilhões, o estado tenta adiar o prazo para pagamento até que o projeto de renegociação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), seja aprovado no Congresso.
ARTUR BÚRIGO / Folhapress