Estamos apenas no segundo mês do ano, mas praticamente no último final de semana fechamos todas as premiações referentes aos filmes exibidos em 2019 (embora alguns ainda nem tenham nem surgido aqui no interior!), e se alguém esperava algo tradicional como vinha acontecendo nos últimos anos, foi dormir surpreso (e muito feliz!), afinal pela primeira vez um longa sul-coreano não apenas foi o maior vencedor da premiação tradicionalista, como levou todos os principais prêmios: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional.
Podemos dizer que com isso a imagem de clube do Bolinha e festa da firma da premiação foi mudada? Podemos dizer que a Academia tentou se redimir de indicações estranhas dos últimos anos, e de grandes erros? Acredito que não, pois “Parasita” é um filme muito bom que surpreende a todos com sua estrutura tanto narrativa, quanto visual, e com isso mereceu todos os prêmios que levou, mesmo que tivéssemos nossas preferências por outros longas desse ano. Ou seja, foi surpreendente ver o Oscar desse ano sair da casinha Hollywood-Londres, mas mais do que isso, foi ver que num sistema complicado de votação (sistema de pilhas de preferências), o filme abocanhasse não apenas o principal prêmio, como todos os demais principais, ainda mais sendo um filme LEGENDADO para os americanos, que são conhecidos por odiar filmes de outros países por esse motivo!
Podemos esperar mais surpresas para o ano que vem nas premiações? Talvez! Afinal não só o Oscar foi espantoso, pois vimos no sábado Adam Sandler que fez um papel dramático levar prêmio de Melhor Ator no Spirit Awards (o famoso prêmio dos filmes independentes), e esse ano teremos outros nomes da comédia indo para terror e drama, mas ainda assim acho difícil surgir outro “Parasita” internacional capaz de abocanhar tantos fãs nas terras do tio Sam, pois certamente agora os votantes tradicionais irão ficar com os olhos bem abertos, pois conhecendo o tradicionalismo da premiação, essa noite muitos nem dormiram, ou melhor, dormiram durante a apresentação de Eminem, como fez Martin Scorsese (que não conseguiu levar nenhum premiozinho para casa com seu “O Irlandês”).
Enfim, num ano em que tivemos filmes de diversos estilos concorrendo, que praticamente todos foram bem interessantes de conferir, e que a torcida era para qualquer um ganhar, o resultado final bem dividido nas demais categorias acaba sendo bem satisfatório, e vamos torcer para que não tenha sido apenas uma safra aleatória e que o ano de 2020 nos deixe bem contentes também, pois por enquanto está difícil ter esperança com o que está previsto!!
Para quem não viu o placar final do Oscar deixo abaixo, e para textos completos da minha opinião dos filmes só dar uma passada no www.coelhonocinema.com.br, e volto a qualquer momento com mais textos!
E o placar final do Oscar ficou assim:
4 – Parasita (Filme, Diretor, Roteiro Original e Filme Internacional)
3 – 1917 (Fotografia, Efeitos Visuais e Edição de Som)
2 – Coringa (Ator e Trilha Sonora)
2 – Era Uma Vez… Em Hollywood (Ator Coadjuvante e Direção de Arte)
2 – Ford vs Ferrari (Montagem e Mixagem de Som)
1 – Judy – Muito Além do Arco-Iris (Atriz)
1 – Jojo Rabbit (Roteiro Adaptado)
1 – História de um Casamento (Atriz Coadjuvante)
1 – O Escândalo (Cabelo/Maquiagem)
1 – Rocketman (Canção Original)
1 – Toy Story 4 (Animação)
1 – Adoráveis Mulheres (Figurino)
1 – American Factory (Documentário)
1 – Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl) (Documentário Curta)
1 – Hair Love (Curta Animado)
1 – The Neighbor’s Window (Curta-Metragem)