Muitas aposentadorias já estão sendo decididas pela tecnologia e pela automatização. De fevereiro a maio desse ano, o robô do INSS foi responsável pela concessão de 4 a cada 10 pedidos de aposentadoria.
Antes, tudo era analisado pelo papel e cada etapa de concessão necessitava de um sistema diferente. O robô se tornou uma promessa de agilidade, já que libera a solicitação de benefícios em segundos, isso se o dados e o tempo de contribuição estiverem dentro das normas exigidas.
Especialistas vem essa medida com certo receio, já que a tecnologia não consegue filtrar o alto analfabetismo digital entre os idosos, e recusa qualquer pedido com documentos faltantes. Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, até 50% dos pedidos poderiam ser corrigidos se passassem pela verificação de um humano
Em suma, só são aceitos pedidos em que estejam perfeitos, com todos os documentos completos. Esse cenário favorece o aumento de recursos contra a negativa de benefícios.
Outro fator crucial é a falta de servidores, enquanto o INSS investe em automação, não há funcionários para resolverem as demandas mais complexas e atender os segurados que moram nas áreas mais remotas.
Atualmente, a fila de aposentadoria tem 1,7 milhão de pessoas, paralelo a isso, 7,6 milhões de análise de tarefas estão pendentes.