Dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), do terceiro trimestre de 2023, contabilizaram 726 obras de responsabilidade dos governos estadual e municipais atrasadas ou paralisadas.
O painel do TCESP ainda releva que os valores iniciais dos contratos chegam a R$ 20 bilhões.
Das 726 obras, 63 se encontram na cidade de São Paulo. Uma delas foi concluída durante o período analisado. Na capital, a soma dos custos das obras chega a R$ 15 bilhões.
De acordo com o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Sidney Beraldo, “as obras que não são entregues significam desperdício de recursos públicos e prejuízo para a população, que não pode desfrutar dos benefícios que elas deveriam proporcionar”.
O levantamento, que monitora a situação na infraestrutura estadual, é divulgado desde 2019, quando o estado tinha 1.677 obras paralisadas.
De acordo com o presidente do tribunal, os números são altos, mas menores do que foram no passado.
As maiores obras, que custam mais, são estaduais. A infraestrutura municipal mais cara é a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Vargem Limpa, de Bauru-SP, com valor inicial de R$ 130 milhões.
A obra mais atrasada, de acordo com o tribunal, é a reforma do museu da História do Estado de São Paulo, que deveria ser entregue em 2011. O contrato inicial era de R$ 61 milhões, mas já recebeu mais de R$ 93 milhões.
Já a obra mais cara é a do Monotrilho, que tinha previsão para ser entregue em 2015 com investimento inicial de R$ 2,4 bilhões e já consumiu R$ 2,7 bi.
A atual gestão do Governo de São Paulo afirmou que mantém contatos com diferentes esferas governamentais a fim de viabilizar projetos de interesse estaduais.
Em nota, o governo estadual ressaltou que “o Painel de Obras do TCE/SP de responsabilidade do Estado seriam 181 obras, das 726 listadas, sendo 61 atrasadas e 120 paralisadas, o que equivale a 24,93%”.