RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Michael J. Fox, 61, continua lutando contra o Parkison. A doença, diagnosticada em 1991, quando o ator estava no auge da carreira lançando o terceiro filme da trilogia “De Volta para o Futuro”, tem dado sinais de avanço. Ele não esconde que tem sido difícil lidar nos últimos tempos com os sintomas como tremores, rigidez muscular, problemas de movimentos e coordenação, alterações na fala e na escrita. “Não vou mentir. Está ficando difícil, está ficando mais difícil. A cada dia é mais difícil”, avaliou.
O ator até revelou em entrevista ao programa “CBS Sunday Morning”, da CBS, dos Estados Unidos, que acha que o seu fim está próximo. “Sim, está batendo na porta. Quer dizer, não vou mentir que vai doer”,comentou. “Você não morre de Parkinson. Você morre com Parkinson. Então, tenho pensado sobre a mortalidade disso. Não vou fazer 80 anos.”
Fox também conta sobre outros problemas de saúde que vem enfrentando. “Fiz uma cirurgia na coluna. Eu tinha um tumor na coluna e era benigno, mas atrapalhava meu andar. Comecei a quebrar ‘coisas’. Quebrei este braço, quebrei este braço, quebrei este cotovelo. Quebrei a cara. Eu quebrei minha mão, que é uma grande assassina com Parkinson”, disse.
Michael, que é casado desde 1988 com a atriz Tracy Pollan e os dois são pais de quatro filhos: Sam, de 33 anos, os gêmeos Aquinnah e Schuyler, de 28, e Esmé , de 21, revelou seu diagnóstico de Parkinson em 1998, sete anos após descobrir a doença. Nos anos 2000, ele inaugurou a Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research, uma instituição que investe em estudos para a doença e desde então arrecadou mais de $1,5 bilhão. “Me disseram que só restavam dez anos para trabalhar. Isso era mentira. A parte mais difícil do meu diagnóstico foi lidar com a certeza da enfermidade e a incerteza da situação.”
O ator prosseguiu contando sobre a doença. “Eu só sabia que iria piorar. O diagnóstico foi definitivo, mas o progresso foi indefinido e incerto. Minha esposa Tracy deixou claro que ela estava comigo durante todo o tempo. Então, entrei em sete anos de negação, tentando entender tudo. O garoto que deixou o Canadá convencido de que faria qualquer coisa acontecer, pelo menos trabalhando duro e acreditando, agora tinha uma tarefa difícil pela frente.”
Redação / Folhapress