A mina estava embriagada, não sabe quem eu sou, disse Robinho em áudio usado pela Justiça da Itália

Litle Rob
Robinho foi condenado por estupro | Foto: Ivan Storti/Santos

Nesta quarta-feira (14), o portal UOL divulgou áudios de conversas entre Robinho e amigos do ex-atleta que fizeram parte do material usado pelo Ministério Público da Itália no processo que condenou o brasileiro por estupro coletivo. O conteúdo está disponível no podcast “UOL Esporte Histórias”.

O ex-atacante do Milan e do Santos foi condenado a nove anos de prisão, mas permanece em liberdade no Brasil.

Em um dos trechos gravados pela polícia por meio de um grampo instalado em um carro, Robinho falava com Ricardo Falco sobre como eles responderiam à acusação de estupro que pesava contra os dois.

“A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?”, afirmou o ex-jogador.

Segundo o UOL, são mais de dez horas de escutas que se tornaram as principais provas no processo que terminou com a condenação de Robinho e Falco a nove anos de prisão por estupro coletivo. A sentença passou pelas três instâncias nos tribunais da Itália e não cabe mais recurso.

Nas gravações, Robinho confirma o estado de inconsciência da vítima no momento do crime. “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”, disse ele.

Em outro momento, o ex-jogador, chamado por seus amigos de “Neguinho”, admite ter mantido relações sexuais com a vítima. Ele negava isso desde o começo das investigações.

“Vamos chutar errado: ‘Ah, deu alguma coisa, descobriram que o Ricardo participou, que o Neguinho comeu a mina.’ ‘É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá'”, afirmou o ex-jogador.

Uma parte dessas conversas já tinha vindo a público em 2020, quando o tribunal de Milão publicou a sentença de condenação dos brasileiros.

Mas a imprensa teve acesso na ocasião apenas às transcrições do conteúdo das gravações. As conversas, em português, foram traduzidas para o italiano para serem usadas no julgamento e, depois, traduzidas de volta ao português pela imprensa.

Robinho alegou que suas palavras foram mal traduzidas e retiradas de contexto.

Supostos problemas na tradução são a base da defesa de Robinho no processo que tramita hoje no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Esse processo se refere ao pedido da Itália para que o Brasil execute a pena de Robinho e Falco, ou seja, que cumpram suas penas aqui, uma vez que a Constituição brasileira proíbe a extradição de seus cidadãos.

Os advogados de Robinho já pediram para o tribunal exigir da Itália o processo inteiro e traduzido, e não apenas a sentença. Mas o STJ negou. O caso segue em tramitação.

A reportagem do UOL afirma que entrou em contato com Robinho para oferecer a ele oportunidade de comentar os áudios, mas o ex-jogador preferiu não dar entrevista. Falco e os demais denunciados também foram procurados, mas não quiseram se pronunciar.

Redação / Folhapress

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