Regular, ruim e péssimo. Esse é o retrato da condição da água nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica. Um dos biomas mais ameaçados do País, e onde se desenvolveram as principais cidades brasileiras, tem apenas 7% de pontos considerados de boa qualidade, de acordo com levantamento da SOS Mata Atlântica.
Realizada anualmente, a pesquisa divulgada nesta terça-feira, 22, Dia Mundial da Água, foi conduzida pelo programa Observando os Rios e mediu a qualidade da água em 146 pontos de coletas de 90 rios e corpos d’água em 65 municípios de 16 Estados abrangidos pelo bioma. As coletas e medições ocorreram entre janeiro e dezembro de 2021.
Nem tudo, no entanto, são más notícias. O levantamento mostra que a qualidade da água melhorou em 13 pontos analisados. Destaca-se o lago do Ibirapuera, onde a água foi de regular para boa, com a possibilidade da existência de seres vivos na água. Segundo Gustavo Veronesi, a mudança de condição da água em um dos principais cartões-postais de São Paulo é resultado direto de obras de saneamento no Córrego do Sapateiro, que forma o lago do Ibirapuera.
Presidente da Sabesp, Benedito Braga explica que a melhora também vem da instalação de uma Unidade de Recuperação de Qualidade para a água que corre para ele. “Estamos trabalhando no próprio córrego (com ligações de esgoto) e o resultado é que a água do lago melhorou”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.