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As últimas declarações de Lula sobre a briga com o governo americano

Declarações de Lula foram durante a posse de Edinho Silva como presidente do PT, junto aos demais membros eleitos para o diretório da sigla

Presidente Lula participa do 17° Encontro Nacional do PT, que confirmou a presidência de Edinho Silva, como novo presidente do PT | Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente Lula participa do 17° Encontro Nacional do PT, que confirmou a presidência de Edinho Silva, como novo presidente do PT | Pedro Ladeira/Folhapress

No mesmo dia em que atos bolsonaristas pelo país criticavam Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Lula discursava na convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília. Ele destacou que o Brasil não quer desafiar os EUA, mas que o país tem interesses estratégicos que precisa defender. O presidente afirmou que o Brasil não é uma “republiqueta” e que quer negociar em igualdade de condições.

As declarações foram dadas durante a posse de Edinho Silva como presidente do PT, junto aos demais membros eleitos para o diretório da sigla. O evento ocorreu em Brasília, como parte das cerimônias do último dia do Encontro Nacional do PT, iniciado na sexta-feira (1º).

Tarifaço

O presidente Lula disse que há limites na negociação da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, e demonstrou preocupação com a relação diplomática com o país.

“O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, tenho que falar o que é possível, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, disse.

“Não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco pode saber que nós não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo”, reforçou.

Lula também voltou a dizer que está “tranquilo” em relação ao ponto de vista econômico, mas reconheceu o problema com os EUA na esfera diplomática.

“Não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. Eu acho que o presidente da república pode taxar o que quiser, mas a gente aumenta por máximo que a OM (Organização Mundial do Comércio) permite, de 35%, e agora ele extrapolou os limites, porque ele quer acabar com o multilateralismo”, declarou.

Eduardo Bolsonaro

O presidente também referiu-se ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pediu licença do mandato para ficar nos Estados Unidos, onde tem feito articulações para ter o apoio americano na anistia de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos na justiça brasileira.

Desde que Trump anunciou uma sobretaxa de 50% ao Brasil, Eduardo tem pedido a anistia para o pai para que a medida seja revogada. Os enfrentamentos de Bolsonaro no judiciário brasileiro foi tratado como perseguição política na carta em que o americano anunciou as medidas.

“Veja que tem um cara que fazia campanha abraçado na bandeira nacional e agora tá indo nos Estados Unidos se abraçar a bandeira americana para defender taxação e pedindo pra anistiar o pai dele”, disse.

Moeda americana

Lula disse ainda que o Brasil não deve abrir mão de procurar viabilizar uma alternativa ao dólar como moeda para fazer comércio internacional.

“Eu não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que a gente possa negociar com os outros países. Eu não preciso ficar subordinado ao dólar”, afirmou o presidente brasileiro.

Apesar de os EUA não citarem diretamente a substituição do dólar no comércio global como motivo para taxação do Brasil, analistas têm apontado que essa proposta em discussão no Brics está por trás da ação de Donald Trump. 

Durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro (RJ), entre 6 e 7 de julho, Trump fez críticas ao bloco e prometeu retaliar países que substituam o dólar no comércio. O uso do dólar como moeda internacional concede uma vantagem competitiva para os EUA na economia global. 

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