RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Paula Picarelli, a Rafaela da novela “Mulheres Apaixonadas” (Globo), em entrevista ao Gshow:
Responsabilidade de um casal entre pessoas do mesmo sexo no horário nobre. “Sempre que a novela reprisa, na Globo ou no Viva, os espectadores me enchem de histórias de amor inspiradas pelas nossas personagens. É lindo, me emociona a força e o alcance dessa história e como é importante se reconhecer, se sentir incluídx nesses meios de comunicação.”
Admiração por Alinne Moraes, que viveu o par romântico da atriz. “Eu e Alinne chegamos a nos encontrar há uns anos, temos uma grande amiga em comum, a Alice Granato, que vive querendo juntar a gente. Eu moro em São Paulo e ela no Rio aí fica um pouco difícil. Mas admiro muito o trabalho, gosto muito dela e acho que em algum momento a gente se reencontra sim.”
Aprendizado com a personagem: “Aprendi muito desde a época em que a novela foi ao ar. Me sinto feliz e orgulhosa de poder fazer parte da história dessa luta.”
Representatividade da comunidade LGBTQIAPN+, mas ressalva das estáticas brasileiras. “A representatividade da comunidade cresceu no audiovisual, na política, pessoas estão ocupando cargos e lutando bravamente pelo direito à vida. Infelizmente, o Brasil é país que mais mata LGBTQIA+ no mundo pelo 14º ano consecutivo.”
“Admiro, respeito e agradeço muito a pessoas como Erika Hilton, primeira travesti preta deputada federal eleita. Não imagino o que seja segurar a barra desse cotidiano num ambiente machista e homofóbico como é a Câmara dos Deputados. Só essa resistência diária já merece toda admiração”, concluiu.
Redação / Folhapress