Jorge Kajuru fala hoje sobre a posse de Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo Tribunal Federal, na sucessão da ministra Rosa Weber, que está se aposentando.
Luís Roberto Barroso assume o comando do STF num momento de clara insatisfação do Poder Legislativo com decisões recentes do Supremo. Discute-se no Parlamento até como restringir a atuação da principal Corte brasileira.
No discurso de posse, em tom conciliador, o ministro Barroso defendeu o que chamou autocontenção do STF e a intensificação do diálogo do Tribunal com os outros poderes e também com a sociedade.
Em contrapartida, o novo Presidente afirmou que contrariar interesses e visões do mundo é inerente ao papel do STF.
Por isso mesmo, segundo Barroso, a virtude de um tribunal jamais poderá ser medida em pesquisa de opinião.
Luís Roberto Barroso sinalizou estar consciente do desafio que tem pela frente, ao repetir uma parábola que apresentou, dez anos atrás, durante sabatina no Senado – depois de indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff.
“Na vida nós estamos sempre nos equilibrando. Viver é andar numa corda bamba. A gente se inclina um pouco para um lado, um pouco para o outro e segue em frente”.