O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, 15, em evento da Federação das Indústrias do estado de São Paulo, a Fiesp, que demitiu diretores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, após obra de loja da Havan, de propriedade do empresário bolsonarista Luciano Hang, ser interditada. A fala arrancou risos e aplausos dos empresários:
Em evento na Fiesp, @jairbolsonaro diz que demitiu integrantes do Iphan após obra de loja da Havan ser interditada.
“Tomei conhecimento e ripei todo mundo de lá”, afirmou. A fala foi aplaudida pelos empresários que compõem a plateia. pic.twitter.com/bU6UR4Y9cf
— Metrópoles (@Metropoles) December 15, 2021
O ministério responsável pelo Iphan é o do Turismo. A construção foi paralisada em agosto de 2019, após uma empresa contratada pela Havan comunicar ao Iphan ter identificado cerâmicas e vestígios arqueológicos de civilizações passadas no local da obra.
Uma das “ripadas” do Iphan foi a ex-presidente da autarquia Kátia Bogéo, demitida em dezembro de 2019, quatro meses após a obra ser paralisada. Em entrevista à Folha, em maio de 2020, Kátia denunciou ter sido demitida por pressão de Hang e do senador Flávio Bolsonaro.
Ela afirmou (abre aspas): “O vídeo feito por Hang foi mentiroso, ele vendeu essa mentira para o presidente e o presidente comprou essa mentira dele. Aí, a imagem que o presidente formou na cabeça dele do que seria o Iphan seria de um órgão que estava ali para paralisar obras, impedir o desenvolvimento”, disse Kátia.
Da Redação