Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao seu local de trabalho, o Palácio do Planalto, um dia após o PL apresentar um relatório golpista em que pede a invalidação de votos depositados em urnas de modelos anteriores a 2020.
O Chefe do Executivo não comparecia no Planalto desde o dia 3 de novembro, quando se reuniu rapidamente com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Durante os 4 anos de mandato, Bolsonaro nunca hesitou em entrar em conflitos com adversários e com o poder judiciário, mas adotou o silêncio após a derrota para Lula na eleição presidencial. Apenas dois pronunciamentos curtos foram feitos após a vitória petista nas urnas.
Nesse período, seus apoiadores bloquearam rodovias e se reuniram em frente a quarteis para pedir intervenção militar para evitar a posse de Lula.
Na agenda oficial do presidente desta quarta-feira (23), consta apenas uma reunião com seu ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN).
Nesta terça (22), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, cedeu à pressão da ala mais radical do partido e apresentou uma ação ao TSE em que endossa o discurso golpista de Bolsonaro e pediu invalidação dos votos depositados em parte das urnas eletrônicas.