SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Estudos mostram que abraçar pode diminuir os níveis do hormônio do estresse e amenizar sentimentos ruins após conflitos. Além disso, abraços mais longos podem ser mais prazerosos do que aqueles muito curtos.
Os gestos podem ser de parceiros românticos, conhecidos, e até mesmo um toque feito por si próprio. Para o Dia do Abraço, neste 22 de maio, reunimos os benefícios cientificamente comprovados do gesto.
Um estudo publicado na revista PLoS One avaliou os impactos do abraço de um parceiro romântico no alívio do estresse.
O estudo contou com 76 participantes heterossexuais com idade média de 22 anos aleatoriamente divididos em dois grupos. Todos os casais passaram juntos por um procedimento de indução de estresse, mas enquanto um dos grupos tinha a possibilidade de abraçar seu parceiro durante o experimento, o grupo de controle não podia fazer o contato físico.
Os resultados mostraram que mulheres que abraçaram seus parceiros tiveram redução na produção de cortisol, hormônio do estresse. O mesmo, porém, não aconteceu com homens.
Um outro estudo feito em duas etapas tentou entender qual duração deve ter um abraço para que ele seja prazeroso e tenha efeitos efeitos no humor. Na primeira parte, os participantes abraçaram de diversas formas uma pessoa escolhida pelo pesquisador. Os toque duraram 1, 5 e 10 segundos. Após o experimento, eles relataram como se sentiram em relação ao toque.
Na segunda etapa, os participantes foram abordados em um campus universitário e convidados a compartilhar um abraço.
Outro trabalho publicado na Comprehensive Psychoneuroendocrinology também avaliou como o toque influencia a resposta de cortisol. O estudo aponta que o abraço diminui os níveis do hormônio e que os benefícios de receber o toque independe de fatores sociais.
Os resultados do primeiro experimento mostraram que o tempo de duração é mais importante do que a forma como é feita o abraço, sendo que 5 a 10 segundos foram os considerados mais prazerosos. Já a segunda parte do estudo mostrou que abraços que cruzam os braços são a preferência geral, mas ainda mais prevalente entre pares de homens.
De forma geral, abraços que durem mais de 5 segundos e cruzem os braços são os preferidos, segundo pesquisadores.
Por outro lado, os pesquisadores também apontam que quando o toque do outro não está disponível, ou o abraço pode ser desconfortável, tocar a si mesmo (como colocar a mão sobre o coração) pode reativar memórias de apoio e compaixão, o que também reduz a resposta do cortisol em relação ao estresse
Um outro trabalho, publicado no periódico PLoS One, avaliou como abraços influenciam os sentimentos após conflitos.
No estudo, 404 adultos foram entrevistados todas as noites por 14 dias consecutivos para falarem a respeito de conflitos, recepção de abraços e seus sentimentos. Os resultados do trabalho mostraram que receber um abraço está associado a atenuação do humor negativo que ocorre como consequência de conflitos pessoais.
Redação / Folhapress