SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Amanda Nunes revelou que projeta ajudar lutadores com treinos e troca de experiência durante sua aposentadoria.
“Vou ajudar, vou fazer o coaching da galera, de quem quiser. Experiência é o que não vai faltar para a gente trocar. Também vou estar sempre treinando”, disse Amanda.
A lutadora anunciou sua aposentadoria no sábado (10), após vencer a luta contra Irene Aldana, onde defendeu o cinturão do peso-galo (61 kg).
“Tentei esconder, mas acho que todo mundo já estava ciente do que ia acontecer. Eu só queria não focar nisso, queria focar mesmo na vitória. (…) Mas eu estou muito feliz, estou radiante, estou sentindo muita dor nas pernas, mas estou muito feliz”, disse.
“Foi um conjunto de tudo. Minha mãe, porque quando eu tenho luta, ela, automaticamente, perde a voz, não consegue falar, e ela estava me pedindo. Minha mãe é diabética e eu fico preocupado, porque a diabete dele também é emocional”, afirmou Nunes.
“Eu estou realizada, fiz tudo na minha carreira, igualei Anderson Silva, é uma honra. E o cinturão, eu falei: ‘Vai ser para sempre brasileiro’. Eu sempre acreditei nisso. Eu sempre sonhei e falei: ‘Vou me aposentar double champion (campeã dupla)’.”
Ela ainda falou sobre o legado que deixa. “[Encerro minha carreira] Como a melhor de todos os tempos, não tem jeito. Agora ninguém tira isso de mim e eu vou voltar aqui para ir para o Hall da Fama. Eu vou ficar na história do UFC para sempre.”
“O UFC mudou tudo na minha vida, me fez ser uma pessoa independente, uma pessoa melhor, me fez ser uma atleta sinistra”, disse.
Ela disse também que cortou a mão antes da luta. “Eu fui fazer o teste de droga e na hora de fechar o vidro, cortei a minha mão, cortei legal, começou a sangrar. Foi uma correria dentro do vestiário. Cortou bem por dentro, mas agora está colado. O Dana White também foi me ver, foi uma loucura.”
“O médico veio, colocou, eu ainda fiquei sentindo, mas estava bem para lutar. Antes da luta é chato acontecer essas coisas”, disse. “Um corte profundo como esse me preocupou bastante para a luta, mas eu comecei a aquecer, para esquecer um pouco. E ai, devagar, foi passando.”
Redação / Folhapress