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María Corina dedica Nobel da Paz a Trump; confira o pronunciamento da venezuelana

Líder da oposição a Maduro também agradeceu ao povo venezuelano

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fala aos apoiadores em um protesto antes da posse do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, em Caracas, Venezuela, em 9 de janeiro de 2025. REUTERS/Gaby Oraa
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fala aos apoiadores em um protesto antes da posse do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, em Caracas, Venezuela, em 9 de janeiro de 2025. REUTERS/Gaby Oraa

A líder opositora ao ditador Nicolás Maduro, María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, dedicou a premiação ao povo venezuelano e também ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Antes do agradecimento, a Casa Branca havia criticado a escolha do vencedor em seu primeiro pronunciamento oficial sobre o assunto. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10).

“Este imenso reconhecimento da luta de todos os venezuelanos é um impulso para completar nossa tarefa: alcançar a liberdade”, escreveu a vencedora na rede social X. “Estamos no limiar da vitória, e hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, o povo dos EUA, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia. Dedico este prêmio ao povo sofredor da Venezuela e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa”, completou.

Em campanha aberta para conquistar o prêmio, o americano ainda não parabenizou María Corina publicamente. Em sua rede social, a Truth Social, ele compartilhou um vídeo no qual Vladimir Putin critica o comitê organizador do prêmio e agradeceu o líder russo.

O diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, também elogiou o republicano no X. “Trump continuará fazendo acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade”, escreveu. Ele afirmou ainda que “o Comitê Nobel provou que eles colocam a política acima da paz”.

Após o agradecimento a Trump, María Corina publicou uma carta dedicada aos venezuelanos. “Com profunda gratidão, aceito a honra de receber o Prêmio Nobel da Paz, que o Comitê Norueguês me confere, e que recebo em nome do povo da Venezuela, que tem lutado pela sua liberdade com coragem, dignidade, inteligência e amor admiráveis”, escreveu.

“Este prêmio é um impulso único que injeta energia e confiança nos venezuelanos, dentro e fora do país, para completar nossa tarefa“, afirmou María Corina. “É um firme chamado para que a transição à democracia em Venezuela se concretize imediatamente, tal como exigimos de forma contundente na vitória eleitoral de 28 de julho”.

“A cada venezuelano: este prêmio é seu. É um reconhecimento do que conseguimos juntos e uma lembrança do ainda falta”, completou ela.

Antes de integrar o gabinete de Trump, o secretário de Estado Marco Rubio participou dos esforços para indicar María Corina ao Nobel. No ano passado, ainda como senador da Flórida, ele enviou uma carta ao comitê, junto a colegas, afirmando que os esforços da venezuelana “incorporam os próprios princípios que o Prêmio Nobel da Paz busca honrar”. Ele ainda não se pronunciou publicamente sobre o anúncio desta sexta.

O comitê do premio descreveu María Corina como um dos maiores exemplos de coragem civil na América Latina e afirmou que ela se tornou uma figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes era profundamente dividida.

“É precisamente isso que está no cerne da democracia: nossa disposição compartilhada de defender os princípios do governo popular, mesmo discordando. Em um momento em que a democracia está ameaçada, é mais importante do que nunca defender esse ponto em comum”, diz o anúncio.

O presidente do comitê, Jorgen Watne Frydnes, ainda citou os esforços “inovadores e corajosos, pacíficos e democráticos” da oposição nas eleições de 2024 na Venezuela, quando o antichavismo reuniu as atas de votação ao longo do dia em uma tentativa de contestar possíveis fraudes do regime.

Embora os documentos, atestados por diferentes órgãos independentes, tenham apontado vitória ao candidato da oposição, Edmundo González, Maduro declarou sua terceira reeleição horas após o fechamento das urnas, sem apresentar as provas exigidas pela lei venezuelana.

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