SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ataque cibernético sofrido pelo grupo de laboratórios Fleury, confirmado pela empresa neste domingo (7), afetou alguns hospitais que utilizam o serviço da empresa para a realização de exames. De acordo com esses centros médicos, a normalidade foi retomada nesta segunda (8).
O Sírio-Libanês, um dos hospitais que utilizam os serviços do Fleury, afirmou que teve momentos de instabilidade desde a sexta (5). “Os processos do Fleury já foram restabelecidos, e a operação de exames laboratoriais do Sírio-Libanês foi retomada”, afirmou o hospital.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi outro que sofreu com a instabilidade no sistema, mas relata que está em plenas funções.
Segundo nota divulgada neste domingo, “o sistema do laboratório Fleury, que presta serviços para a instituição, apresentou indisponibilidade para entrega de resultados de exames de análises clínicas entre a madrugada da sexta-feira (5) e a tarde deste domingo”.
O hospital afirma que entrou em um modelo de contingência para fornecer os resultados de exames de pacientes atendidos no pronto-socorro e internados e de pessoas na UTI com quadros graves.
A situação acabou na madrugada desta segunda (8) com a normalização do sistema do Fleury no hospital.
Ataque cibernético
O Grupo Fleury confirmou na noite deste domingo que sofreu um ataque cibernético.
Antes da confirmação pública da companhia, a Folha havia questionado o Fleury sobre a instabilidade no sistema e se havia ocorrido um ataque. Na tarde do domingo, a assessoria de imprensa da empresa negou que se tratasse de uma investida cibernética e citou anormalidades no sistema da empresa.
Horas depois, no domingo à noite, a companhia confirmou o ataque em documento ao mercado.
Nas redes sociais, clientes se queixavam do sistema. A resposta do laboratório aos pacientes era para que entrassem em contato em privado.
Em nota à imprensa, o Fleury afirmou que as operações são normalizadas de forma gradual, seguindo protocolos de segurança.
Disse, também, que “a companhia mantém atualizações frequentes e adota tecnologias disponíveis para preservar um adequado nível de proteção ao seu ambiente tecnológico” e citou investimentos em tecnologia de informação.
SAMUEL FERNANDES / Folhapress