Ataque russo causa explosão em área da maior usina nuclear da Europa

Autoridades da Ucrânia afirmam que, apesar da uma explosão seguida de incêndio após um ataque russo, está em segurança a área nuclear da usina de Zaporijia, de 6.000 megawatts, a maior da Europa. Parte da estação pegou fogo na noite de ontem.

(foto: Autoridade Nuclear Ucraniana/Reprodução YouTube)

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, o incêndio não afetou equipamentos essenciais e que os níveis de radiação continuavam inalterados no local. O serviço de emergência ucraniano disse que o incêndio estava fora do perímetro da estação, e que um de seus blocos havia sido desligado.

 

(foto: Divulgação Kremlin)

Biden – O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o presidente Volodymyr Zelensky sobre o incêndio no complexo nuclear e se juntou a ele para pedir à Rússia que “cesse suas atividades militares na área e permita que bombeiros e equipes de emergência acessem o local”. Nas redes sociais, o líder da Ucrânia acusou os militares russos de atacar deliberadamente a usina e disse que uma explosão seria “o fim para todos, o fim da Europa”. Lembrando que a Rússia já capturou a extinta usina de Chernobyl, a cerca de cem quilômetros ao norte da capital da Ucrânia.

Pronunciamento – O presidente russo, Vladimir Putin, em um pronunciamento nacional, homenageou ontem os soldados russos, dizendo que eles estão agindo como heróis na guerra na Ucrânia. Ao mesmo tempo, o chefe da nação endureceu o discurso contra Kiev e o Ocidente. Putin afirmou que a “operação militar especial”, como chama a invasão ao país vizinho, segue como planejado e que vai acabar com “com essa anti-Rússia criada pelo Ocidente”, referindo-se à hostilidade de Kiev em relação a Moscou. Putin disse que os soldados e oficiais estão lutando pela Rússia, por uma vida pacífica para os cidadãos de Donbass e pela desnazificação e desmilitarização da Ucrânia. O objetivo, segundo Putin, é evitar que o país seja ameaçado por uma direita anti-Rússia em nossas fronteiras, que o Ocidente vem criando há anos.

Corredor humanitário – Rússia e Ucrânia concordaram sobre a necessidade de um corredor humanitário para a saída de civis das cidades em guerra. O acordo envolve um possível cessar-fogo durante as operações de retirada. O encontro foi o segundo realizado entre os dois países para discutir a invasão russa na Ucrânia. Os resultados obtidos não eram os esperados pela Ucrânia, que exige o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas. Segundo a Rússia, uma futura regulação política do conflito também foi debatida. Vladimir Putin exige também o reconhecimento da soberania russa sobre a península da Crimeia, anexada em 2014, e da independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, assim como o status neutro ucraniano em relação à Otan.

Mediação – O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman conversou ontem com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele ofereceu a Arábia Saudita como uma mediadora no conflito entre os dois países. Mohammed e Putin, segundo o governo saudita, discutiram também os impactos da crise nos mercados globais de energia. Já no comunicado emitido após a conversa com o líder ucraniano, o príncipe herdeiro afirmou que está disposto a apoiar tudo que contribua para reduzir a crise.

Apelo – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a única maneira de parar a guerra, enquanto as negociações estão em andamento, é que ele fale diretamente com o presidente russo Vladimir Putin. O líder ucraniano fez um apelo aos países ocidentais, para que aumentem seu apoio, insistindo que se seu país for derrotado pela Rússia, ela atacará o restante da Europa Oriental, a começar pelos países bálticos, para chegar “até o Muro de Berlim”.

 

Com informações dos jornais O Globo e O Estado de S.Paulo

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