SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem rasgou cartazes e atacou manifestantes durante um protesto da ONG Just Stop Oil, em Londres, na manhã desta sexta-feira (19). Nas imagens, ele agride ativistas do coletivo, cujo nome pode ser traduzido para “pare o petróleo”, e tenta empurrá-los para fora da rua.
O protesto com 18 pessoas bloqueava o trânsito enquanto caminhava em marcha lenta por uma rua no centro da capital da inglesa. O coletivo é conhecido por invadir jogos de futebol e bloquear pontes em protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
Nas imagens desta sexta, o agressor, um homem branco e calvo, usando um casaco preto, aparece no vídeo por trás do grupo, arranca dois dos cinco cartazes exibidos por manifestantes, vai até a frente do protesto e bate na mão de um ativista que filmava o protesto, arremessando o celular.
Ele volta para o meio do grupo, que seguia caminhando, e arranca mais um cartaz e joga o material na calçada. Em seguida, joga uma das mulheres no chão, que cai um metro à frente no asfalto, e empurra outra para tentar tirá-la do meio da rua.
Os manifestantes não agridem o homem de volta, e se reagrupam enquanto ele continua a empurrá-los. Novamente, ele arranca o telefone das mãos do ativista que filmava o protesto e joga para fora da cena registrada pelo vídeo.
As imagens foram divulgadas pelo Just Stop Oil no Twitter. “Algumas violências são óbvias e outras ocultas. A violência oculta da aprovação de novos petróleo e gás, quando as pessoas estão morrendo em enchentes e incêndios florestais, é extrema”, diz o texto da publicação.
O homem continua a empurrar e a gritar com os manifestantes, enquanto a marcha é seguida por um carro e um ônibus. A cena dura cerca de um minuto, e nenhum policial aparece.
Ao jornal inglês Standard, a polícia disse que atuou em três marchas que aconteceram na manhã desta sexta. Já a Scotland Yard afirmou que não houve prisões.
Um dos protestos mais recentes do Just Stop Oil aconteceu em outubro do ano passado, quando duas integrantes jogaram um pacote de sopa de tomate em “Girassóis”, um dos principais quadros do pintor holandês Vincent Van Gogh, como meio de chamar atenção e pressionar o governo do Reino Unido a decretar o fim do uso de combustíveis fósseis.
O porta-voz do coletivo, James Harvey, disse à Folha, na época, que se o artista estivesse vivo, apoiaria o ataque à própria obra.
Redação / Folhapress