SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Os avós maternos da criança de 2 anos que foi levada de Santa Catarina a São Paulo por um casal desconhecido pediram pela guarda provisória da criança.
Os avós pediram pela guarda provisória ou, se for negada, pelo direito de visitar a criança no abrigo. Atualmente, o menino está um local de acolhimento do Conselho Tutelar na capital paulista.
O pedido será analisado pelo Ministério Público de São Paulo antes de ir para juízo, informou o advogado dos avós em São Paulo, Jorge Conforto.
O advogado ainda afirmou que “tudo está sendo realizado de forma sigilosa, cerceando a família de informações” sobre a criança.
Atualmente, os MPs de São Paulo e de Santa Catarina concordaram que a criança deveria ser transferida da capital paulista para a cidade natal, São José. A Justiça de São Paulo será a responsável decidir o caso.
A Juíza de Direito de São José, com a concordância da Promotoria de Justiça, prontamente respondeu informando que a comarca possui vaga para a criança em instituição de acolhimento destinada à sua faixa etária, e que o Estado catarinense tem disponibilidade de aeronave para o translado. Também informou que será destacada uma oficial da Infância e Juventude para acompanhar o ato.”
Nota do Tribunal de Justiça de Santa Catarina a respeito do pedido de transferência da criança de volta ao seu estado natal
CRIANÇA FICOU OITO DIAS SUMIDA; RELEMBRE O CASO
A criança de 2 anos está em um abrigo em São Paulo após ter sido encontrada com um casal até então desconhecido. As autoridades buscaram por ele por oito dias até encontrá-lo na região do Tatuapé, bairro da zona leste da capital paulista.
Marcelo Valverde e Roberta Porfírio são suspeitos dos crimes de tráfico de pessoas e adoção ilegal. A Justiça decretou a prisão preventiva do casal, que deve ficar detido até o julgamento do caso.
A interação entre o casal e a mãe acontecia em um grupo de Facebook para mães de primeira viagem. A delegada da Polícia Civil de Santa Catarina, Sandra Mara, diz que a mãe tem quadro de extrema vulnerabilidade.
No boletim de ocorrência, a mãe diz que entregou a criança espontaneamente, sem nenhum tipo de ameaça ou vantagem financeira. A polícia ainda investiga o caso.
GIOVANNA GALVANI / Folhapress