Em novo depoimento prestado à Polícia Civil do Rio de Janeiro, a babá do menino Henry, Thayná de Oliveira Ferreira, informou que a mãe do menor sabia das agressões sofridas pela criança e que chegou a ouvir, da boca do próprio filho, o relato de algumas delas. A declaração foi dada em depoimento de mais de 12 horas prestado pela babá nesta segunda-feira (13). Segundo Thayná, Monique Medeiros, a mãe, foi informada “mais de uma dúzia de vezes” sobre as agressões.
Numa dessas vezes, em 12 de fevereiro, além de fazer uma chamada de vídeo com a criança, Monique pediu à babá que apagasse as mensagens nas quais ela relatava a agressão.
Logo depois desse diálogo, o vereador Doutor Jairinho chegou ao apartamento, segundo versão de Thayná, e conversou com a criança, que teria confessado que ligou para a mãe e falou sobre as agressões. O médico então disse ao menor que ele não deveria mentir para a mãe dele.
Monique teria falado que iria para Bangu, onde mora os seus pais, e que se manteria longe do agressor, mas Thayná viu, pelas redes sociais, que, no dia seguinte, ela estava em Mangaratiba com Jairinho.
Agressões
A babá relatou ainda que as agressões eram comuns, mas normalmente ocorriam quando Henry e o médico estavam sozinhos. Segundo ela, embora não tivesse testemunhado nenhum desses momentos, ela acredita que a criança poderia teria sido agredida pelo padrasto somente outras duas vezes no mês de fevereiro.
A funcionária explicou ainda que mentiu no primeiro depoimento por medo de ser atacada pelo médico. “Se ele fez isso com uma criança, imagina o que faria comigo”, disse ela, aos policiais.