BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Uma das cachoeiras mais famosas de Minas Gerais, conhecida como Véu da Noiva, localizada na Serra do Cipó (a 125 km de Belo Horizonte), foi interditada na última sexta (28) pelos bombeiros e pela Defesa Civil por risco de queda de um paredão.
O local é muito frequentado por turistas, principalmente da Grande Belo Horizonte aos fins de semanas e feriados. A liberação vai depender de avaliação geológica, e não há data para que a cachoeira volte a ser aberta.
A interdição do Véu da Noiva ocorreu durante uma fiscalização dos bombeiros e da Defesa Civil na sexta, início do fim de semana prolongado do feriado de 1º de Maio, atendendo a um pedido da Prefeitura de Santana do Riacho (MG), município onde fica a cachoeira.
No dia 8 de janeiro de 2022, em outro ponto turístico de Minas, dez pessoas que estavam a bordo de lanchas morreram em Capitólio, no sul do estado, após a queda de um paredão que se desprendeu próximo a uma cachoeira no Lago de Furnas.
Na Serra do Cipó, a constatação foi de que havia risco de queda de parte da rocha na lateral da cachoeira Véu da Noiva. Ao contrário do local do acidente em Capitólio, o poço da Véu do Noiva não é navegável.
“A interdição foi realizada devido à constatação de que na estrutura rochosa que envolve a queda d’água há uma fratura natural de parte do maciço rochoso, apresentando risco potencial de queda sobre frequentadores eventuais da área, uma vez que o local é amplamente frequentado por turistas”, diz nota divulgada por bombeiros e Defesa Civil.
A corporação explica que a formação geológica no local é do tipo quartzito e que a rocha pode estar se deslocando por motivos naturais.
“Devido ao potencial risco de queda de parte do maciço rochoso, o local foi interditado até a realização de laudo geológico definitivo, bem como retirada definitiva da estrutura solta, conforme avaliação de profissionais da área”, afirma a nota enviada à reportagem pelos bombeiros.
O acesso à cachoeira do Véu da Noiva é pago e controlado pela ACM-MG (Associação Cristã de Moços em Minas Gerais). Há no local uma estrutura com chalés e possibilidade de acampamento na área administrada pela associação. A reportagem entrou em contato com a ACM e aguarda retorno.
Os bombeiros afirmam que a administração do local foi informada da interdição e da responsabilidade pela manutenção do isolamento da área.
LEONARDO AUGUSTO / Folhapress