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Moraes reabre investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF; entenda

Pedido foi apresentado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e autorizou a reabertura das investigações sobre a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF). A decisão foi tomada nesta quinta-feira (16).

O pedido apresentado por Gonet aponta que a nova frente da investigação será o possível vínculo da interferência na PF com a Abin paralela e a propagação de ataques sistemáticos a autoridades. Em manifestação anterior, a PGR sugeriu o arquivamento do inquérito por falta de provas.

A investigação sobre a suposta interferência do ex-presidente na Polícia Federal começou em 2020, quando o então ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu demissão do cargo. Na época, ele afirmou que Bolsonaro tentou intervir politicamente na PF, com mudanças de diretores e na condução de inquéritos envolvendo familiares.

Gonet aponta que, segundo o depoimento de Moro, o descontentamento de Bolsonaro dizia respeito à “falta de acesso a relatórios de inteligência da PF”.

A Polícia Federal havia encerrado o inquérito sobre Bolsonaro em 2022, ao concluir que não havia indícios de que o ex-presidente tenha interferido na corporação para proteger aliados e familiares ao trocar o comando do órgão. Segundo a corporação, não foi encontrada “nenhuma prova consistente” e todas as testemunhas ouvidas afirmaram que não receberam nenhuma orientação ou pedido para interferir nas investigações.

De acordo com o relatório do delegado Leopoldo Soares Lacerda, Bolsonaro não cometeu ato ilegal ao solicitar a troca do diretor-geral da corporação a Moro, pois cabe ao presidente escolher sua equipe ministerial e os chefes vinculados aos ministérios.

“Constam nos autos informações de que a relação entre o Presidente da República e o delegado de polícia federal Ramagem, nomeado como dirigente máximo da PF, iniciou-se no final da campanha presidencial por razões profissionais e assim foi mantida”, disse o delegado.

Entretanto, agora, Gonet afirma que a retomada das investigações é necessária.

“Imprescindível, portanto, que se verifique com maior amplitude se efetivamente houve interferências ou tentativas de interferências nas investigações apontadas nos diálogos e no depoimento do ex-Ministro, mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis”, afirma o chefe da PGR.

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