A reabertura do setor no último final de semana (24/4), nos moldes da Fase de Transição do Plano SP, reduziu a capacidade máxima de atendimento para 25% e o horário de atendimento das 12h às 19h, medidas que já foram vistas como uma derrota para o setor.
“Não faz sentido para um estabelecimento que já está operando com apenas um quarto de sua capacidade, com um distanciamento maior do que qualquer outro setor pode oferecer, ainda reduzir seu tempo de funcionamento. Essa conta nunca vai fechar se esta situação se manter”, afirma Renato Munhoz, presidente da Abrasel Alta Mogiana.
O presidente do conselho estadual da Abrasel São Paulo, Percival Maricato, reafirma que na prática as novas normas sanitárias para o setor atendem menos da metade dos estabelecimentos, pois a maioria dos bares e restaurantes trabalham no período noturno, servindo o jantar.
A pesquisa aponta que mesmo sabendo das dificuldades, 95% dos empresários do setor na região optaram por abrir as portas e finalmente trabalhar. Apesar da expectativa, 69% dos estabelecimentos afirmam que tiveram mais um final de semana de prejuízos. Mas seguem na esperança de conseguir uma pequena vitória nesta sexta, 30/4, quando o governador João Dória fará novo pronunciamento sobre as fases do Plano SP.
Pelos dados atuais do plano SP, a DRS de Ribeirão Preto seria mantida na fase vermelha apenas pelo indicador da Ocupação Média de Leitos nos últimos 7 dias (no dia 26 de abril estava em 89%), esse indicador é afetado pelo número de internados por COVID na UTI e o número de leitos COVID-19. Portanto, mesmo se houver queda do número de internados é necessário manter o número de leitos para que o indicador melhore.
Principais pontos da pesquisa:
• 95% dos restaurantes optaram por reabrir nesse primeiro final de semana;
• 69% dos restaurantes não conseguiram ocupar nem os 25% permitidos;
• 64% dos restaurantes afirmam que não tiveram lucro nesse final de semana;
• 81% dos restaurantes tiveram queda do delivery ou estabilidade, desses 45% caíram mais de 30% as vendas;
• 72% dos restaurantes acreditam que o aumento do horário seja o mais importante para conseguirem sobreviver.