RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A diretoria do Vasco decidiu pela manutenção do técnico Maurício Barbieri em meio à crise, e vê a pressão aumentar por todos os lados. Enquanto isso, torcidas organizadas prometem novos protestos nesta quarta-feira (7).
A movimentação, desta vez, está marcada para frente do escritório da 777 Partners, que detém 70% das ações da SAF, na Barra da Tijuca.
Neste cenário, ficam mais fortes os ruídos entre a associação e a SAF, que já não falam a mesma língua. Do lado associativo, dono dos 30% restantes, há grande insatisfação e pedidos por mudanças no futebol como a demissão do treinador.
Ainda na atual conjuntura, teve início, nas redes sociais, uma movimentação em prol do cancelamento do sócio-torcedor enquanto os atuais dirigentes e comissão técnica estiverem no clube.
No dia a dia do clube cruzmaltino, há demonstração de respaldo ao trabalho de Barbieri. A equipe, porém, venceu apenas uma das últimas 12 partidas, não tem um resultado positivo há oito e soma quatro derrotas consecutivas.
A última, no clássico com o Flamengo, houve uma tentativa de mudança na escalação para três zagueiros, mas o Rubro-Negro fez 4 a 0 ainda na etapa inicial o placar final foi 4 a 1.
O Vasco faz uma temporada muito aquém da prometida pela diretoria e membros da 777. O time de Barbieri foi eliminado precocemente na Copa do Brasil para o ABC e está na penúltima colocação no Brasileiro.
As promessas não cumpridas são lembradas a cada novo resultado negativo, que já se tornou uma constante. Não à toa, além do treinador, o CEO Luiz Mello, o diretor esportivo Paulo Bracks e o diretor técnico Abel Braga também são alvos da revolta dos vascaínos.
Antes do clássico com o Flamengo, houve uma reunião emergencial, pedida pelos integrantes da associação, com membros da SAF. Em pauta, justamente o momento do futebol, que causa alarde negativamente. Houve promessa de reforços na janela de julho.
Ao longo da última semana, Paulo Bracks já havia reforçado confiança em Barbieri, algo que o próprio treinador confirmou mesmo após a derrota.
“Não tive nenhuma conversa nesse sentido [demissão]. Tenho convicção de que a equipe tem oscilado muito mais do que esperávamos nesse início. Temos tido dificuldades maiores do que pensávamos que poderíamos ter, mas continuo com a convicção de que podemos reverter esse quadro”, declarou o técnico, visivelmente abatido.
MANHÃ DE REPAROS
Após os protestos em São Januário logo após o apito final do jogo quando foram jogados rojões e garrafas em direção à sede, a Colina amanheceu com pichações apagadas e funcionários da manutenção realizando consertos nas partes do estádio mais atingidas. A PM informou que prendeu dois indivíduos no ataque, além de mais de 30 artefatos explosivos.
BRUNO BRAZ E ALEXANDRE ARAÚJO / Folhapress