Em pouco mais de uma semana desde que a campanha Supera Ação foi iniciada, aproximadamente R$ 418 mil já foram doados para o combate ao coronavírus em Ribeirão Preto e região. A iniciativa nasceu da vontade dos empreendedores ligados ao Parque Tecnológico de colocar à disposição da sociedade mão de obra altamente especializada (mestres, doutores e especialistas) e equipamentos de última geração, capazes de realizar testes da doença, evitando o espalhamento do vírus.
O valor arrecadado até o momento corresponde a aproximadamente 14% da meta total estabelecida, que é de R$ 3 milhões para as duas fases do projeto, que serão destinados à compra, entre outros, de reagentes e equipamentos de proteção. Através da plataforma digital Catarse, já foram doados mais de R$ 104 mil (até a última quinta-feira). Os demais recursos foram adquiridos através de particulares e até do poder público.
Saulo Rodrigues, gerente da Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, explica que a testagem em massa para o Covid-19 é uma das medidas mais eficazes para conter a propagação do vírus e reduzir os impactos desta pandemia, tanto em mortalidade e disponibilidade dos sistemas de saúde, quanto em impactos socioeconômicos. “Em Ribeirão, os testes são enviados para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e demoram até três semanas para que os resultados sejam obtidos. Com a parceria, a intenção é diminuir esse total para alguns dias”, explica.
De acordo com o gerente, a intenção é direcionar a testagem para uma parcela da população mais vulnerável social e economicamente. “Dessa forma, reduziremos a sobrecarga no sistema de saúde”, diz. A estimativa é de que, com o projeto, possam ser realizados 250 testes por dia, com resultados liberados em até 72 horas.
“Quanto mais pessoas testamos, mais rápido sabemos quem deve ser isolado. A maioria dos casos são assintomáticos, então, identificar estes casos é crucial para frear o espalhamento”, ressalta.
Exames
A coleta do material biológico para análise é simples, bastando esfregar uma haste flexível chamado swab na boca no paciente e encaminhar o material para análise, onde ele é lido por um equipamento específico. “Na primeira fase do projeto, o Supera Parque não será responsável pela coleta dos materiais, que ficará à cargo dos laboratórios e hospitais. Aqui, serão realizadas as leituras do material recolhido. Em um segundo momento, a ideia é criar um drive thru, onde serão realizados testes rápidos”, explica.
De acordo com o gerente, em condições ideias, o teste poderia ser feito em até cinco horas. “Entretanto, existe uma alta demanda por testes, fazendo com que as análises entrem em uma fila de processamento, o que gera a demora dos resultados”.
ara a primeira fase do projeto, serão necessários R$ 500 mil reais. Na segunda fase, serão aplicados outros R$ 2,5 milhões.
Voluntários
Já são mais de 18 empresas participantes da campanha, mas o número é crescente. “São mais de 30 profissionais envolvidos, voluntariamente, que estão colocando a iniciativa em funcionamento”, conta o gerente.
Entre as empresas que abraçaram a causa, constam desenvolvedoras de soluções para combate biológico, de tratamentos de saúde, de descoberta de alvos terapêutico de serviços de mapeamento genético, de tecnologia da informação, entre outras, além da própria equipe gestora do Parque.
Campanha
O projeto já adquiriu mais de 5 mil testes para detecção do coronavírus. A próxima etapa será a transformação dos laboratórios, compra de insumos e a capacitação dos profissionais para realizarem o teste.
A previsão é de que os testes comecem a ser executados em uma semana.
Para a compra dos insumos e reagentes imprescindíveis para a realização das análises, o Supera está realizando uma campanha para captar doações. Para ajudar, é necessário fazer uma doação que ajudará nos custos. Saiba mais no www.superacaocovid19.com.