A justiça do trabalho decretou abusiva a segunda greve de motoristas e cobradores de ônibus em um espaço de 15 dias na capital paulista. Em ambas as paralisações, a categoria não cumpriu a ordem judicial de manter 80% da frota nos horários de pico e 60% fora deles.
A multa aplicada ao sindicato será de 100 mil reais, referentes às duas greves. O valor deve ser revertido em partes iguais para entidades para pessoas em situação de rua. Os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho ainda decidiram pela volta imediata dos ônibus à circulação. Segundo o TRT, empesas estão autorizadas a descontar dos salários os dias de paralisação.
Na paralisação de 14 de junho, a categoria conseguiu reajuste salarial de 12,47% retroativa a maio. Desta vez, os motoristas e cobradores cruzaram os braços pelo fim hora de almoço não remunerada de motoristas e cobradores, pela Participação nos Lucros e Resultados, por melhores produtos na cesta básica e plano de carreira.
Segundo balanço da SPTrans, até às 19h, cerca de 800 dos mais de 6 mil ônibus parados já haviam retornado à operação. Nos dias úteis, quase 2 milhões de pessoas são transportadas nos ônibus municipais na cidade de São Paulo. A frota atual é de 11.308 veículos.
A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos durante todo o dia. Carros com placas finais 5 e 6 puderam circular pelo Centro expandido a qualquer horário. E também foram liberados os corredores de ônibus.
No entanto, permanceram valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento. A Zona Azul também funciona normalmente.
Redação