RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Duas bolhas infláveis foram apreendidas, nesta sexta-feira (21), na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A prefeitura intensificou a fiscalização do aluguel do brinquedo nas praias da cidade após um casal ficar à deriva dentro do equipamento no mar de Copacabana na última quarta (19). Segundo o município, a prática é ilegal.
Guardas municipais flagraram o momento em que duas bolhas eram alugadas por banhistas e apreenderam os equipamentos. A atividade passou a ser oferecida por ambulantes na praia neste ano, como uma espécie de atração turística. O brinquedo é colocado na água e fica preso por uma corda, controlada por uma pessoa na areia.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, no entanto, não há uma regulamentação para o uso do material flutuante, e a prática como atividade comercial não tem licenciamento.
A discussão sobre o uso do equipamento ocorre depois que bombeiros tiveram de resgatar um casal que estava dentro de uma bolha e também o próprio instrutor, que era responsável por manusear o equipamento do lado de fora.
Banhistas acionaram os salva-vidas após perceberem que o homem começara a se afogar. Ainda segundo a corporação, ao sair da água, o instrutor afirmou que não sabia nadar. A Folha não localizou o responsável pelo serviço.
O salvamento foi filmado por outros bombeiros, que estavam na areia. Nas imagens, é possível ver o casal tentando girar a bolha para voltar para a areia, mas as ondas passam a arrastar o equipamento.
A gravação mostra ainda que o instrutor acena com os braços para os salva-vidas solicitando ajuda. Enquanto os bombeiros vão em sua direção, as ondas empurram a bolha de volta para a areia, que é puxada pela corda por outra pessoa.
Ainda de acordo com a corporação, não houve feridos. O casal e o instrutor receberam os primeiros socorros na areia e foram liberados.
Desde o incidente, bombeiros abordam banhistas para conscientizá-los sobre os riscos do equipamento.
“A bolha só possui o zíper de fechamento e abertura pelo lado de fora, ou seja, a pessoa que estiver dentro dela não consegue abrir em caso de emergência”, explicou o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. “Outro ponto é que o ar dentro da bolha é limitado e quem estiver dentro pode morrer asfixiado. Além disso, corre o risco de a bolha à deriva furar ao ter contato com alguma embarcação ou uma prancha de surf e a pessoa se afogar.”
ALÉXIA SOUSA E BRUNA FANTTI / Folhapress