A passagem de Jorge Jesus pelo Brasil foi polêmica, causou euforia entre os flamenguistas e tumultuou o clube após ele dizer que o Flamengo tinha “até o dia 20 para contratá-lo.” Inicialmente, o treinador que fez sucesso no clube em 2019, com cinco taças, estava apenas de férias. Mas as declarações acabaram não caindo bem, ainda mais com Paulo Sousa no cargo, e veio uma enxurrada de críticas. Neste domingo, em seu retorno para Portugal, ele garantiu que “não retorna ao Brasil.”
(Divulgação)
Em entrevista para o jornalista Renato Maurício Prado, Jorge Jesus havia dado um ultimato ao Flamengo. “Quero voltar, sim. Mas não depende só de mim. Posso esperar até pelo menos o dia 20. Depois disso, tenho que decidir minha vida. Esse time ainda mexe comigo. Me incomoda vê-lo em dificuldades. Tenho certeza de que se eu tivesse continuado teríamos conseguido uma longa hegemonia por aqui. Estávamos bem à frente dos demais”, havia declarado o treinador, criticando, ainda, o esquema do compatriota Paulo Sousa.
Jorge Jesus veio para o carnaval, assistiu a um jogo no estádio e fez juras de amor ao clube rubro-negro. O empresário de Paulo Sousa o chamou de mau caráter e sem ética. O técnico do Flamengo, por outro lado, evitou criticá-lo ao mandar apenas um “Deus o ajude.” Porém, sofreu com as cobranças da torcida na derrota para o Botafogo, por 1 a 0, no Mané Garrincha.
Com os tantos gols perdidos pelo time, sobretudo após levar o gol de Erisson, os mais de 50 mil flamenguistas presentes nas arquibancadas começaram a gritar “Mister”, “Mister”, em alusão a Jorge Jesus. Muitos até definiram a derrota como “jogo de despedida”, de Paulo Sousa. A diretoria bancou o atual treinador e disse que não havia nada com o ex-comandante.
Se a tentativa era cavar um retorno, Jorge Jesus se deu mal e voltou para Portugal em baixa pela atitude malvista no Brasil. “Não, não volto ao Brasil”, afirmou o técnico ao portal SIC. O destino pode ser o Fenerbahçe, da Turquia. Ao menos foi o que Jorge Jesus deixou no ar. “Fenerbahçe? Talvez.”
Agência Estado