Mesmo com ordem do STF para depor nesta sexta-feira (28), presencialmente na Polícia Federal, Bolsonaro não compareceu. Veja o que pode acontecer

O ministro do STF Alexandre de Moraes, não reconheceu o agravo da AGU (Advocacia Geral da União) e manteve o depoimento presencial do presidente Bolsonaro, marcado para sexta-feira (28), na Polícia Federal. Entretanto Bolsonaro não compareceu.

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Ás 13h49min desta sexta-feira (28), a Advocacia Geral da União, representada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, entrou com um agravo regimental no STF, no qual alegava o direito de ausência do presidente Bolsonaro, para depor, no caso da revelação de documentos sigilosos da PF, às 14 horas, na Polícia Federal. Um trecho da petição da AGU dizia o seguinte: “A Advocacia-Geral da União – AGU protocolou a petição nº 3671/2022, nesta data, às 13h:49 – 11 minutos antes do horário agendado para o interrogatório – e recebida no Gabinete às 14h:08, sabendo tratar-se de RECURSO MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVO POR PRECLUSÃO TEMPORAL E LÓGICA”.

Bolsonaro, quando recebeu a intimação para depor na Polícia Federal, manifestou que aceitaria a ordem, mas não foi o que aconteceu. A reportagem do Portal Thathi foi ouvir um especialista no assunto, Dr. Luiz Eugênio Scarpino Jr., que apontou o que poderá acarretar, sob o ponto de vista judicial, a negativa do presidente, diante de uma decisão do STF.

Scarpino: Por coerência, ele não seria obrigado a depor

Thathi: Mas ele aceitou e disse que iria

Scarpino: Poderia receber uma multa processual por litigância de má-fé, apenas isso.

Os impactos políticos que o caso suscita podem ter outras conotações. Certamente os opositores irão aproveitar a ocasião. Entretanto, no campo jurídico pouco ocorrerá.