O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou após o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmar que a não aprovação do projeto que beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presos do 8 de Janeiro poderia atrasar a tramitação da ampliação da isenção do Imposto de Renda. Em declaração nesta quarta-feira (25), Motta negou a relação entre as duas propostas.
A votação do projeto da isenção do IR até R$ 5 mil, que é prioridade para o governo federal, está prevista para esta quarta-feira (1º). A informação foi confirmada na terça-feira (23) pelo próprio presidente da Casa.
“Entendemos que a matéria [do IR] está madura. Já anunciamos a pauta para a próxima quarta-feira, independentemente de qualquer outra matéria. Não há vinculação da matéria do Imposto de Renda com qualquer outra. Essa associação foi feita de maneira incorreta”, disse Motta no plenário.
Paulinho, que é relator do projeto da anistia, afirmou que acertaria com Motta o calendário de votação do projeto de redução de penas. “Acho que tudo leva a crer que é possível votar na próxima terça-feira (30). […] Acho até que, se não votar isso, não vai votar o IR”, declarou o relator à imprensa, ao lado do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), após se reunir com a bancada do partido para tratar da redução de penas
Deputados petistas viram a fala do relator como uma espécie de chantagem, mas descartaram votar a favor da redução de penas.



