RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Ministério Público de Goiás contou nesta terça-feira (18) quais jogos da Série A e dos Estaduais têm suspeita de manipulação, após investigação e operação feita em seis estados do país.
A LISTA DA SÉRIE A
– Santos x Avaí (5/11) – suspeita de tentativa de cooptação de atleta do Santos para tomar cartão amarelo.
– Red Bull Bragantino x América-MG (5/11) – aliciamento do atleta do Bragantino para cartão amarelo.
– Goiás x Juventude (5/11) – aliciamento de dois atletas para tomar amarelo.
– Cuiabá x Palmeiras (5/11) – um jogador do Cuiabá também aliciado para tomar amarelo
– Santos x Botafogo (10/11) – atleta cooptado para levar cartão vermelho.
– Juventude x Palmeiras (10/9) – aliciamento para tomar cartão amarelo.
“Eram os cinco jogos que estavam no escopo de investigação nessa operação. Mas durante o cumprimento de um dos mandados, um atleta confessou participação em outro jogo, em setembro, também sobre cartão amarelo, no Juventude x Palmeiras”, afirmou Fernando Cesconeto, promotor do MPGO.
A LISTA DOS ESTADUAIS 2023
– Goiás x Goiânia – derrota parcial, foi apostado e os jogadores foram aliciados para que o Goiânia tivesse derrota parcial no primeiro tempo, por um determinado número de gols.
– Caxias x São Luiz – aposta encomendada de pênalti por parte do São Luiz
– Esportivo x Novo Hamburgo – cometer pênalti por parte de jogador do Novo Hamburgo.
– Luverdense x Operário-MT – Número de escanteios no primeiro tempo e durante o jogo para atender o pleito dos apostadores.
– Guarani x Portuguesa – assegurar que determinado atleta fosse punido com amarelo.
NADA DE NOMES
O Ministério Público não divulgou o nome dos envolvidos nos casos citados. O promotor Fernando Cesconetto disse que o fato de ter sido identificada a tentativa de manipulação não quer dizer que os jogadores tenham concretizado os atos.
QUAIS OS CRIMES?
“A investigação se centra no crime de organização criminosa, bem como em crimes de corrupção no âmbito desportivo previstos no estatuto do torcedor. Jogador envolvido que solicita ou aceita vantagem indevida para promover qualquer alteração de evento, não só resultado, tanto ele pode responder quanto quem alicia. Essa pessoa que dá ou promete vantagem pode responder por um crime com pena de dois a seis anos de prisão. O jogador, quem solicita ou aceita vantagem, também responde. Não se descartando avançarmos para crime de lavagem de dinheiro ou outros crimes a serem identificados”, declarou ainda Cesconeto, promotor do MPGO
VALORES ENVOLVIDOS
Nos casos da Série A, o MP GO disse que as quantias oferecidas a jogadores geravam entre R$ 50 mil a R$ 60 mil por atleta para cada evento.
Nos estaduais, valores variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil.
Não houve prisão de jogador profissional hoje. Mas três mandados de prisão preventiva foram cumpridos no estado de São Paulo.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress