Chega ao fim a novela do impasse entre o Ministério da Saúde e a Anvisa sobre a liberação da venda de autotestes para covid-19. A Anvisa alegava desconhecer a inclusão dos autotestes nas políticas de saúde pública e estratégia de ação do Ministério da Saúde. O entrave estava associado à forma de notificação da doença e seu encaminhamento para o tratamento. Com a chegada das informações complementares exigidas pela Anvisa, a entidade aprovou a venda dos autotestes nas farmácias e drogarias do país.
Qualquer cidadão pode adquirir o kit de autoteste e fazê-lo em casa, sem a presença de um profissional da área. Basta colher as secreções do nariz ou da boca, por meio de um cotonete, que vai ser conduzido a um recipiente que contém um preparado químico. O resultado sairá em meia hora, apontando a contaminação ou não da doença. Uma vez positivado, o paciente deve se dirigir a um posto médico ou a um hospital, para receber o tratamento necessário.
Desta forma, haverá uma redução significativa nas filas dos centros de saúde e ambulatórios. A prática já ocorre em diversos países, como Reino Unido e Alemanha, por exemplo. Segundo especialistas, trata-se de uma estratégia essencial no enfrentamento da doença. Cabe à vigilância o monitoramento dos produtos, que validam a qualidade dos kits, bem como a facilitação nas instruções de uso, por parte da população.