Os crimes de ódio na internet cresceram de maneira significativa neste ano. O número total de denúncias avançou 67,5% no primeiro semestre de 2022, segundo a Safernet, uma ONG de proteção dos Direitos Humanos no ambiente digital.
Na prática não existe uma diferenciação quando falamos de crime de ódio cometido na internet ou no mundo real. São compreendidos como crimes de ódio, todos os crimes contra pessoas motivados pela vítima pertencer a determinada raça, etnia, cor, origem nacional ou territorial, sexo, orientação sexual, identidade de género, religião, ideologia, condição social, física ou mental.
“São conteúdos que, de um modo geral, as pessoas encaram como uma mera opinião, não percebem que é um crime grave e que violam a dignidade de determinadas pessoas ou grupos e que, portanto, devem ser responsabilizados”, explicou a Juliana Cunha, diretora da ONG Safernet.
A avaliação da ONG é que a tendência é de aumento desse tipo de crime durante o período eleitoral. As denúncias podem ser feitas de forma anônima na Central Nacional de Denúncias de Violações contra Direitos Humanos da Safernet no link: denuncie.org.br. É necessário enviar o link da página ou aplicativo onde ocorreu o possível crime com uma descrição do caso. Nesses períodos de debates acalorados, é importante que reflitemos e saibamos diferenciar o que é uma simples opinião e o que é um crime de ódio. Uma forma de você saber distinguir é praticando a empatia, se colocando no lugar da vítima e pensar: será que eu gostaria de ouvir isso, será que eu me ofenderia? Fica a reflexão.
Texto de Lilian Primo Albuquerque.