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O que se sabe sobre o ataque que deixou duas pessoas mortas em Manchester, na Inglaterra

Atentado ocorreu em frente a uma sinagoga e deixou outras três pessoas feridas

Membros de uma equipe forense trabalham do lado de fora da sinagoga de Manchester, onde várias pessoas foram mortas no Yom Kippur, no que a polícia declarou um incidente terrorista, no norte de Manchester | REUTERS/Phil Noble
Membros de uma equipe forense trabalham do lado de fora da sinagoga de Manchester, onde várias pessoas foram mortas no Yom Kippur, no que a polícia declarou um incidente terrorista, no norte de Manchester | REUTERS/Phil Noble

Ao menos duas pessoas morreram e outras três ficaram em estado grave após um ataque a faca em Manchester, na Inglaterra. O caso aconteceu nesta quinta-feira (2),em frente a uma sinagoga. A polícia do Reino Unido classificou o ato como terrorista. O autor do crime morreu ao ser baleado por policiais.

Segundo as autoridades policiais, o agressor utilizava um colete que aparentava ter explosivos durante o ataque. Ele teria atropelado as vítimas e posteriormente as esfaqueado. A corporação afirmou ainda que acredita saber a identidade do agressor.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e verificado pela agência de notícias Reuters mostrou o momento em que a polícia atira no suspeito, enquanto outro homem, que usava um quipá, o tradicional adorno judaico para a cabeça, estava caído em uma poça de sangue. “Ele tem uma bomba, afastem-se!” gritou o policial aos presentes.

Depois do ataque, a polícia afirma ter realizado uma explosão controlado no local com a ajuda de um robô para desarmar o dispositivo. Os estrondos teriam causados por agentes especializados que acessaram o veículo do suspeito como medida de precaução.

O caso acontece durante a data mais sagrada do calendário judaico, o Yom Kippur, ou Dia do Perdão. Nesse dia, que sucede o Rosh Hashaná, o Ano-Novo judaico, os judeus devem fazer jejum absoluto e costumam ir várias vezes a sinagogas. A de Heaton Park havia agendado uma oração pouco antes do atentado.

Membros da comunidade judaica se reuniram perto do local de culto. A população judaica na Grande Manchester somava cerca de 28 mil pessoas em 2021, de acordo com a organização britânica Institute for Jewish Policy Research.

A importância da celebração para o judaísmo faz muitas sinagogas reforçarem a segurança na data como prevenção aos ataques. Em 2019, por exemplo, duas pessoas foram mortas em uma atentado a tiros durante o Yom Kippur em frente a uma sinagoga em Halle, no leste da Alemanha.

O primeiro-ministro da Inglaterra, Keir Starmer, antecipou sua volta da Dinamarca e afirmou que “recursos policiais adicionais” serão mobilizados em sinagogas por todo o país. Já a embaixada israelense no Reino Unido classificou o ataque como “odioso e profundamente perturbador”.

O rei Charles 3º também se manifestou com um comunicado, afirmando que ele e a rainha Camilla estavam “profundamente chocados e tristes” com o ataque, “especialmente em um dia tão significativo para a comunidade judaica”. “Nossos pensamentos e orações estão com todos os afetados por este incidente terrível, e agradecemos imensamente as ações rápidas dos serviços de emergência”, afirmou.

A Inglaterra tem enfrentado um aumento no número de incidentes antissemitas nos últimos anos. Segundo a organização judaica Community Security Trust, houve 1.521 casos do tipo durante os primeiros seis meses deste ano, uma redução em comparação ao recorde de 2.019 incidentes registrados no primeiro semestre de 2024, após o início da guerra que destruiu a maior parte da Faixa de Gaza.

O número de incidentes registrados este ano é o segundo maior, segundo a organização, que monitora o antissemitismo no Reino Unido desde 1984.

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