Um atentado em frente ao tribunal de Islamabad, capital do Paquistão, matou ao menos 12 pessoas nesta terça-feira (11). O ataque foi cometido por um homem-bomba. As informações foram divulgadas pelo ministro do Interior, Mohsin Naqvi.
O Talibã paquistanês, por meio de nota, assumiu a autoria da ação suicida. Segundo a organização terrorista, os alvos do atentado eram funcionários do Judiciário, como juízes advogados e oficiais, acusados pelo grupo de não seguir as leis islâmicas.
O grupo ainda ameaçou promover novos ataques até que a sharia (lei islâmica) seja implementada no país, de maioria muçulmana.
De acordo com Naqvi, o homem-bomba detonou os explosivos próximo a um veículo da polícia após esperar de 10 a 15 minutos do lado de fora da corte. Além dos 12 mortos, o ataque deixou ao menos 27 pessoas feridas. Após a explosão, a área precisou ser isolada pela polícia. O local abriga vários escritórios do governo.
O advogado Rustam Malik, que estava no local no momento da explosão, relatou à agência AFP ter presenciado um “caos total” após o ataque. “Quando estacionei o meu carro e entrei no prédio, ouvi uma explosão na porta”, contou. “Os advogados e as pessoas corriam. Vi dois corpos caídos na porta e vários veículos em chamas”.
O atentado ocorreu menos de 24 horas após um ataque similar no país. Na noite de segunda-feira (10), um homem-bomba matou três pessoas ao explodir um carro na entrada de uma escola militar em Waziristão do Sul, região noroeste próxima à fronteira com o Afeganistão.
Em fevereiro deste ano, outro ataque feito por um homem-bomba deixou seis pessoas mortas em um seminário islâmico no noroeste do país. O local era conhecido por abrigar treinamentos ligados ao Talibã afegão.



