A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu que governos reduzam a venda de bebidas alcoólicas no período da quarentena. Durante o comunicado desta quarta-feira (15), a organização afirmou que o consumo excessivo de álcool pode, além de prejudicar a imunidade do indivíduo, piorar sintomas de ansiedade e depressão.
A sessão europeia afirmou também que o uso dessas bebidas não é capaz de proteger contra o novo coronavírus, em resposta ao presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, que em uma entrevista recomendou o uso de vodka contra a doença.
“Medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcoólico podem matar o coronavírus. Não matam”, alerta o comunicado da OMS.
Segundo o organismo, o uso contínuo por pessoas em isolamento pode acarretar as seguintes consequências:
- Piora geral nas condições de saúde;
- Aumento nos comportamentos de risco;
- Problemas de saúde;
- Maior risco de violência, inclusive doméstica.
Por isso, o órgão internacional insiste que medidas de restrição ao acesso às bebidas alcoólicas devem ser mais duras e que é necessário que haja uma maior comunicação sobre os riscos do excesso.
“Durante a pandemia, devemos realmente nos perguntar quais são os riscos que estamos tomando em deixar pessoas trancadas em casa com uma substância perigosa tanto para suas saúdes quanto pelos efeitos no comportamento, inclusive violência”, afirmou Carina Ferreira-Borges, gerente do Programa de Álcool e Drogas Ilícitas da OMS na Europa.