Operação de PF e Ibama contra garimpo ilegal destrói máquinas que valem R$ 10 mi

PF age contra o garimpo ilegal na Amazônia Foto: Polícia Federal

Agência Estado

As ações de combate ao garimpo ilegal realizadas pela Polícia Federal e o Ibama no Pará prosseguem com incursões na região de Jacareacanga, município que é cortado pelo Rio Tapajós. As máquinas de grande porte, balsas, equipamentos, veículos e suprimentos inutilizados até agora tem valor estimado em R$ 9,970 milhões.

As ações, que tiveram início na segunda feira, 14, quando a PF deflagrou a Operação Caribe Amazônico, nas proximidades da terra indígena Munduruku, do Pará. O objetivo das ações é reprimir atividades de garimpo ilegal no Rio Tapajós, por meio da apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, além da repressão de outros crimes ambientais que impactam na região de Alter do Chão.

Nesta quinta-feira, os policiais e agentes do Ibama chegaram em um vilarejo conhecido como Vila Rica, dentro do município de Jacareacanga. A região é conhecida pela extração ilegal de ouro e madeira. Houve destruição de máquinas no local. Para dispersar manifestantes, foram utilizadas bombas de gás e houve correria na vila.

Ontem, a operação contabilizou a destruição e apreensão de 17 escavadeiras hidráulicas na região, 26 motores-bomba, duas antenas de satélite, duas motos, um carro, uma balsa, três geradores e um trator esteira. Foram ainda destruídos 14 acampamentos e 39 mil litros de combustível.

Como mostrou o Estadão, o deputado federal José Priante (MDB-PA), primo do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), criticou as ações contra o garimpo ilegal e disse que a operação “é um espetáculo que está sendo feito”, ao referir-se à queima dos equipamentos. “Salvo o Greenpeace, qualquer pessoa se assusta com uma atitude dessa. É uma operação de guerra, uma ação hollywoodiana”, comentou.

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