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Operação Sem Desconto: veja o que se sabe sobre a nova fase da investigação contra fraudes no INSS

PF realiza diligências contra sindicato ligado ao irmão de Lula, no entanto, Frei Chico não é alvo da operação

PF deflagra nova fase da Operação Sem Desconto | Foto: Divulgação/PF
PF deflagra nova fase da Operação Sem Desconto | Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (9) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, conduzida com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpre 66 mandados de busca e apreensão.

As diligências são cumpridas em São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.

Um dos alvos da operação é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). O vice-presidente da entidade é José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar do cargo que ocupa, ele não é alvo da operação.

Outros integrantes da diretoria do Sindnapi foram alvo de mandados de busca, entre eles o presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, que também foi convocado para depor, nesta quinta-feira (9), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no INSS. No entanto, ele permaneceu em silêncio durante os questionamentos.

Em nota, o Sindnapi afirmou ter sido “surpreendido” com a operação e declarou que a defesa não teve acesso ao inquérito nem aos fundamentos da decisão judicial que autorizou as buscas. A entidade manifestou repúdio às acusações, sustentando que sempre atuou em “prol de seus associados, garantindo-lhes a dignidade e respeito que são devidos”.

Os mandados cumpridos nesta quinta foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 400 milhões em bens de dezenas de investigados. Segundo a PF, o objetivo é aprofundar as apurações sobre possíveis crimes de inserção de dados falsos em sistemas públicos, formação de organização criminosa e ocultação de patrimônio.

Embora o sindicato seja alvo das investigações, ele não está entre as 12 entidades apontadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) como parte central do esquema. A AGU pede o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens dessas associações. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que o número de associados do Sindnapi passou de 237,7 mil em 2021 para 366,2 mil em 2023, e que, em fevereiro deste ano, a entidade registrou mais de 200 mil descontos em folha.

Deflagrada inicialmente em abril, a Operação Sem Desconto estima que esquema tenha desviado cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. As suspeitas motivaram a criação de uma CPMI para apurar as fraudes e os prejuízos causados aos beneficiários do INSS.

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