Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, concluíram ontem, 22, os exames nos restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os corpos serão entregues aos familiares. A Polícia Federal reiterou que todos os testes realizados confirmaram a identidade de Bruno e de Dom. Em nota, a corporação também confirmou que não há restos mortais de outra pessoa.
Os corpos ficaram seis dias em Brasília. As perícias foram concluídas em prazo bem mais curto que o padrão para procedimentos semelhantes. Geralmente, os testes duram entre 30 e 60 dias. Os peritos fizeram exames de DNA, impressão digital e antropologia forense – método que analisa características físicas, como estrutura óssea. Com a liberação dos corpos, as famílias poderão finalmente organizar as despedidas ao indigenista e ao repórter. O transporte será feito de avião pela PF.
Até o momento, os investigadores identificaram oito suspeitos de envolvimento nos assassinatos. Três deles estão presos temporariamente. O trabalho de investigação continua em duas frentes. No Amazonas, o comitê de crise criado para encontrar Bruno e Dom continua em busca de elementos que possam ajudar a esclarecer a dinâmica do crime. O próximo passo é a análise da embarcação usada pelo indigenista e pelo repórter quando eles foram assassinados. O barco, afundado pelos criminosos, foi encontrado na noite do último domingo, 19. Em Brasília, os peritos examinam as provas colhidas a partir dos exames nos restos mortais.
jornal O Estado de S.Paulo