A Marinha começou, nesta quinta-feira, 17, a montar um hospital de campanha em Petrópolis, cidade atingida nesta semana por enchentes que já causaram mais de 100 mortes. A unidade hospital terá 12 leitos de enfermaria, dois leitos de UTI e dois leitos pós-operatórios, além de um centro cirúrgico e três estações de atendimento ambulatorial.
Além disso, cerca de 60 viaturas, equipamentos e 300 militares, entre eles da área de saúde, já foram mobilizados para atuarem na cidade fluminense. A Marinha também está usando equipamentos para remoção de obstáculos e desobstrução de ruas, como retroescavadeiras, motosserras, duas aeronaves remotamente pilotadas e um helicóptero SH-16.
Imprensa internacional
A tragédia em Petrópolis também foi destaque da imprensa internacional. No jornal norte-americano The New York Times, o ocorrido foi definido como “o pior desastre natural da história do Brasil”. O jornal relembrou ainda o drama vivido pelos petropolitanos há uma década. A reportagem afirma (abre aspas): “Para muitos moradores de Petrópolis, o desastre foi uma lembrança dolorosa de 2011, quando deslizamentos de terra semelhantes mataram mais de 900 pessoas na região”.
O argentino Clarín e a rede britânica BBC destacaram a fala do governador do Rio, Cláudio Castro, comparando a situação a um panorama de cenário de guerra. Em seu site, o francês Le Monde trouxe o decreto de Estado de Calamidade na região após a tragédia e lembrou das recentes inundações na Bahia e em Minas Gerais. Uma das frases é: (abres aspas) “O Brasil foi atingido nesta estação chuvosa por chuvas particularmente severas – que também afetaram a Bahia e Minas Gerais – que especialistas relacionam ao aquecimento global”.
Da Redação