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PF diz que Bolsonaro burlou restrição judicial e manteve atividade em redes sociais

Relatório aponta que o ex-presidente realizou mais de 300 compartilhamentos de vídeos no WhatsApp após proibição da Justiça

Jair Bolsonaro | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Jair Bolsonaro | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O relatório da Polícia Federal, divulgado na quarta-feira (20), acusa Jair Bolsonaro de usar redes sociais mesmo após a proibição determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o documento, ele utilizou perfis de terceiros para realizar mais de 300 compartilhamentos de vídeos no WhatsApp após a decisão da Justiça. O celular do ex-presidente foi apreendido pelos agentes durante a investigação.

Segundo a PF, no dia 3 de agosto, data na qual foram realizadas manifestações favoráveis ao ex-presidente em todo o Brasil, Bolsonaro enviou a apoiadores vídeos com divulgação dos eventos e sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, Bolsonaro já estava proibido de usar suas próprias redes sociais e de terceiros.

Ao analisar o caso, a PF disse que o compartilhamento das mensagens se assemelha às ações do que chamou de “milícias digitais”.  “A título exemplificativo de demonstração do modus operandi equiparado às milícias digitais, a investigação detalhou o compartilhamento e a dinâmica de algumas das mensagens apresentadas na tabela anterior, referente as manifestações em Salvador/BA, em que as mensagens em questão foram compartilhadas ao menos 363 vezes pelo WhatsApp do ex-presidente”, disse a PF. Os investigadores concluíram que Bolsonaro burlou as determinações do Supremo.

“Diante da grande quantidade de arquivos, a investigação pontuou os principais conteúdos compartilhados no dia 03.08.2025 pelo investigado Jair Bolsonaro, com o objetivo de utilizar redes sociais de terceiros, para burlar a ordem de proibição a retransmissão de conteúdos imposta pela justiça”, completa o relatório.

Desde o dia 4 de agosto, Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi determinada após o descumprimento da medida cautelar que impedia o ex-presidente de usar as redes sociais de terceiros. No mês passado, Moraes determinou diversas medidas cautelares contra Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e restrição ao uso de redes sociais.

Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados pela PF ontem (20) por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O ex-presidente é investigado por tentativa de golpe de Estado e será julgado no dia 2 de setembro.

Mais cedo, a defesa de Bolsonaro disse que foi surpreendida com o indiciamento e garantiu que vai prestar os esclarecimentos solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes. 

*Agência Brasil*

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