SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal prendeu mais um funcionário terceirizado do aeroporto de Guarulhos na manhã desta quarta-feira (17) em uma operação contra a quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Também há um mandado de prisão contra outro trabalhador terceirizado, mas até o começo da tarde desta quarta ele ainda não havia sido localizado.
Membros da quadrilha que trocam etiquetas de bagagens de passageiros, sem que eles saibam, para envio de drogas ao exterior, em especial à Europa.
Os alvos são funcionários terceirizados do aeroporto, investigados por suspeita de participar da quadrilha.
São cumpridos oito mandados, sendo seis de busca e apreensão e dois de prisão temporária contra quatro trabalhadores terceirizados.
A ação ocorre após a repercussão do caso das brasileiras Kátyna Baía, 44, e Jeanne Paolini, 40, que passaram mais de um mês presas injustamente por conta da atuação da quadrilha. Elas tiveram a identificação da mala trocada e foram presas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaína na bagagem.
Segundo a PF, a ação de hoje é desdobramento da operação Iraúna, deflagrada no último dia 4 de abril, quando foram cumpridos seis mandados de prisão de funcionários terceirizados do aeroporto, envolvidos na troca das etiquetas das bagagens das duas brasileiras que foram presas na Alemanha, mesmo sem ligação alguma com o crime.
Elas foram soltas em 11 de abril. O pedido de soltura foi feito pelo Ministério Público alemão.
Investigação da Polícia Federal apontou que elas foram vítimas da quadrilha quando embarcavam no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O casal foi preso em 5 de março. Na ocasião, a polícia alemã mostrou às duas quais malas tinham sido apreendidas com a droga e as etiquetas no nome delas. Segundo a defesa, Kátyna e Jeanne viram de imediato que a bagagem era completamente diferente da delas.
Um dia antes do embarque das brasileiras, o mesmo golpe foi aplicado em uma mala que iria para a França, segundo a Polícia Federal.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress