CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Um soldado da Polícia Militar do Paraná fora do horário de serviço foi filmado dando socos e chutes em um adolescente no CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional) de Curitiba, na tarde de quarta-feira (10). A identidade do policial não foi revelada.
O adolescente de 15 anos é aluno do CEEP, que pertence à rede pública de ensino e fica no bairro Boqueirão. Já o soldado é caseiro na escola, atuando na condição de permissionário.
As filmagens feitas por alunos circularam em redes sociais, com relatos de que a agressão teria começado quando uma bola de vôlei entrou no terreno do caseiro.
Procurada, a PM afirmou que vai “instaurar um procedimento administrativo para apurar todos os fatos” e que “não compactua com o desvio de conduta de seus integrantes”.
Já a Polícia Civil do Paraná disse que está realizando diligências e que o caso está sob segredo de Justiça por envolver um menor de idade.
A direção do CEEP afirmou que acompanhou os familiares do estudante até a Delegacia do Adolescente para registrar um boletim de ocorrência e prestar depoimento. E que “reprova veementemente qualquer tipo de agressão e violência como a que ocorreu e está sendo divulgada nas redes sociais”.
A direção da escola disse ainda que já pediu à Seed (Secretaria de Estado da Educação) o desligamento do permissionário.
A Seed afirmou, por sua vez, que tomou conhecimento do episódio na manhã de quinta (11) e que o caso foi “devidamente comunicado às autoridades policiais”.
“O Núcleo Regional de Educação de Curitiba [da Seed] entrou em contato com o Batalhão da Patrulha Escolar, da PM, e um processo disciplinar deverá ser aberto, nesta quinta-feira, tendo em vista afastar imediatamente o permissionário das atividades na instituição, até que o desligamento definitivo seja efetuado”, afirmou a pasta.
A nota diz ainda que a Seed “repudia quaisquer tipos de agressão e/ou violência no ambiente escolar e empenha esforços para promover a segurança e integridade dos alunos, professores e colaboradores em toda a rede de ensino”.
CATARINA SCORTECCI / Folhapress