A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.![]()
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O relatório final da investigação, entregue ao tribunal na sexta-feira (15), acusa os dois de dificultar o avanço da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é o principal réu. A decisão foi tomada após a PF concluir as investigações sobre a atuação de Eduardo nos Estados Unidos para “promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo”. O pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro, também é alvo de operação da PF.
O governo dos Estados Unidos anunciou nos últimos meses uma série de ações contra o Brasil e autoridades brasileiras, como o tarifaço de 50% contra importações de produtos do país, uma investigação comercial contra o pix e sanções financeiras contra o Ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky.
Em maio, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo a abertura de investigação na PF contra Eduardo e Jair Bolsonaro, para apurar a suposta tentativa do parlamentar de pressionar o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra Moraes, relator do caso da trama golpista.
Eduardo pediu licença de 122 dias do mandato parlamentar em março e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. Um pedido de cassação contra seu mandato foi enviado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) à Comissão de Ética da Casa, na última sexta-feira (16), após representações apresentadas pelo PT e pelo PSOL.
Nesse processo, o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por mandar recursos, via pix, para custear a estadia de seu filho no exterior, enquanto ele buscava sanções que visavam pressionar a justiça brasileira. Bolsonaro também é réu na ação penal da trama golpista no Supremo.
*Com informações de Agência Brasil*



