A invasão da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira também trouxe um grande problema para a Fifa: as seleções do Grupo B da repescagem para a Copa do Mundo, Polônia, Suécia e República Checa, se uniram e oficializaram em documento enviado à entidade serem contrárias à realização de partidas em solo russo no mês de março após os bombardeios.
A Polônia é a adversária da seleção russa, enquanto Suécia e República Checa fazem o outro confronto. Os vencedores definirão em novo confronto único a vaga à Copa do Mundo do Catar, em novembro, portanto todos podem ser rivais dos russos.
“Com base no atual desenvolvimento alarmante no conflito entre a Rússia e Ucrânia, incluindo a situação de segurança, as associações de futebol da Polônia, Suécia e República Checa expressam sua firme posição que os playoffs da Copa do Mundo de 2022 no Catar, marcados para os dias 24 e 29 de março, não devem ser disputados em território russo. Os signatários deste apelo não pretendem viajar para a Rússia”, traz o documento assinado pelas três confederações, representadas por Lucasz Wachowski, da Confederação Polonesa de Futebol, Hakan Sjostrand, Secretário Geral da Associação Sueca de Futebol, e Michal Valtr, Secretário Geral da Associação de Futebol da República Checa.
“Devido à tensa situação política na Ucrânia e na Federação Russa, bem como a possível nova escalada e o início de um conflito armado, a PZPN pediu à FIFA que esclareça com urgência as questões relacionadas à organização da partida contra a Rússia em Moscou”, cobrou a entidade polonesa. A ideia é que o confronto seja fora de Moscou, dia 24 de março.
Karl-Erik Nilsson, presidente da Federação de Futebol da Suécia, definiu um confronto com russos no momento como “impensável.” A sua seleção só encararia a rival em possível final pela vaga na chave.
“Jogar contra a Rússia é um cenário hipotético. Mas tendo em conta o sentimento com que acordamos esta manhã, é quase impensável que daqui a algumas semanas possamos estar disputando um jogo de futebol com a Rússia”, declarou. “Não existe absolutamente nenhum desejo.”
Agência Estado