Nesta segunda-feira (30), o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, apresentou junto às autoridades sanitárias do município, Ministério Público, Câmara Municipal, representantes do comércio, shoppings, Polícia Militar e veículos de comunicação da cidade uma avaliação da primeira semana de distanciamento social em razão da pandemia do novo coronavírus.
“Vamos obedecer ao decreto publicado no dia 23 de março, pelo qual locais de grande circulação de pessoas devem ficar fechados até o dia 7 de abril. No dia 3, retomaremos as discussões junto a este grupo para reavaliarmos a necessidade de ampliar a data prevista pelo decreto”, disse o chefe do Executivo.
Após abrir a reunião, Nogueira fez um breve resumo da situação da pandemia. “Ribeirão Preto apresenta, até às 17h do último domingo, 25 casos confirmados, 16 aguardando contraprova e 219 notificações. No país, são 136 mortes e 4.256 casos confirmados em todas as unidades federativas, de acordo com o Ministério da Saúde. No mundo, são mais de 638 mil casos confirmados e 30 mil mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde”.
Diante do quadro e de todas as orientações, o chefe do Executivo participou, durante o final de semana, de discussões junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, além de prefeitos, por meio de conferência com a Confederação Nacional de Municípios (CMN). “Nos próximos dias, vamos manter o regime de isolamento, distanciamento social, obedecendo o decreto de calamidade pública já amplamente divulgado na imprensa”.
O coordenador do Comitê Técnico de Contingência – Covid -19 e secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini, afirmou que há um aumento atípico de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG). “Comparado ao ano passado, neste mesmo período, os números passaram de 26 para 111 pessoas internadas, o que pode se tratar de indicativo do vírus circulando na cidade”, informou.
Em relação ao distanciamento social, Scarpelini disse que todos os países que conseguiram colocá-lo em prática estão obtendo mais sucesso. “Em todas as cidades do mundo que conseguiram amenizar o volume de pacientes que chegam no sistema público de saúde, mais pacientes conseguiram receber assistência por parte dos médicos”.
Segundo Scarpelini, as primeiras semanas de abril serão críticas. “Se conseguirmos estabilizar essas duas semanas, poderemos entender o comportamento do contágio e entender se há possibilidade de afrouxamento ou não do distanciamento social em nossa cidade”, explicou.
O Secretário também informou que contratou ambulâncias do setor privado para reforçar o serviço já existente. “Também mobilizamos empresas e estamos recebendo suprimentos como álcool em gel e máscaras para nossos profissionais da saúde. Nosso ponto fraco, hoje, são os exames para detectar a COVID – 19”, informou.
Participaram da reunião, por meio de conferência, membros do Ministério Público, o superintendente do Hospital das Clínicas, Benedito Maciel, o epidemiologista do HC, Benedito Fonseca, membros da ACI, Sincovarp, Sincomércio, Ciesp, Polícia Militar, Poupatempo, shoppings, vereadores e representantes dos veículos de comunicação do município.