Prefeito implora para moradores saírem de áreas de risco de ciclone no RS

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de Maquiné, João Marcos Bassani dos Santos, fez um apelo na noite desta quinta-feira (15) para que os moradores da cidade no litoral norte do Rio Grande do Sul deixem suas casas e procurem locais seguros para fugir da inundação provocada por um ciclone extratropical que afeta a região.

“Saiam das suas casas. Está enchendo. Bens materiais a gente recupera. Vamos agora pensar nas vidas. Estou pedindo, implorando”, disse às pessoas que moram nos locais mais baixos do município.

Segundo o prefeito, a população precisa procurar lugares mais altos. Ele afirmou que a cidade não tem bombeiros suficientes e outras equipes de socorro encontram dificuldades de deslocamento, pois o centro da cidade foi inundado.

Segundo o MetSul Meteorologia, o vento já passou de 100 km/h no litoral norte e há a previsão de rajadas mais intensas nesta sexta (16).

A formação do ciclone extratropical, associado a uma frente fria, derruba a temperatura e provoca chuvas extensas principalmente na região sul do país.

Em Maquiné, um dos lugares mais afetados pela chuva forte e ventania, 80% da cidade ficou ilhada e muitos moradores subiram nos telhados para escapar da inundação. Dezenas de famílias estão alojadas no salão paroquial da cidade de sete mil habitantes.

Segundo o prefeito, é a maior enchente da história do município.

Alerta da Defesa Civil do Rio Grande do Sul para para chuvas intensas e volumosas, com risco de inundação, fez com que as aulas fossem canceladas nesta sexta em Torres, Capão da Canoa, Terra de Areia, Tramandaí e Santo Antônio da Patrulha.

Nesta última cidade, a água invadiu estabelecimentos comerciais e casas na noite desta quinta e a prefeitura pediu que proprietários de caminhonetes altas e jipes procurassem os bombeiros para ajudar as famílias atingidas.

Em Capão da Canoa, um hospital foi inundado e pacientes precisaram ser transferidos. Uma força-tarefa formada por equipes de obras, Defesa Civil e outros funcionários públicos foi para as ruas durante a madrugada para atender a população.

Em do Sul, já choveu mais de 130 milímetros, o equivalente do mês inteiro. A cidade está em alerta e equipes da da Defesa Civil, Guarda Municipal, bombeiros e secretarias municipais atendem ocorrências para amenizar os danos causados pelo ciclone. Famílias desabrigadas são acolhidas em uma escola municipal.

Outras cidades como Morrinhos, Três Cachoeiras e Caraá também registraram alagamentos.

Em Porto Alegre, a Defesa Civil Municipal emitiu um alerta preventivo devido à possibilidade de um grande acumulado de chuva e rajadas de vento intensas até a manhã desta sexta. Na noite de quinta, houve acúmulo de água sob a ponte do rio Guaíba.

No início da manhã, foram registrados 22 pontos com bloqueios nas vias públicas na capital, ocasionados por queda de árvores, postes ou acúmulo de água devido ao temporal. A zona sul foi a região mais atingida.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar estão mobilizadas para apoiar a população. “Acompanho a situação junto a nossas forças de segurança”, disse.

CRISTINA CAMARGO / Folhapress

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