BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Antônio Fernando Oliveira, pediu desculpas nesta quinta-feira (25) à família de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu asfixiado em uma ação de agentes da corporação.
“Não tenho conhecimento se já foi feita e acho necessário fazer que é da PRF transmitir o recado de pedido de desculpa formal à família dos vitimados naquela ação. Nosso compromisso é de que a PRF será a cada dia mais transparente em todas as nossas ações”, disse.
A declaração foi dada em entrevista coletiva para anunciar o uso de câmeras corporais em agentes da PRF. Após o evento, o diretor-geral novamente falou sobre o tema e o classificou como traumático.
“O fato é traumático para a instituição, é mais traumático ainda para a família e, por isso, eu externei ali a minha consternação, minha solidariedade à família e fiz o pedido de desculpas formal à família. É um evento que nós não queremos repetir”, destacou.
A morte de Genivaldo completa um ano nesta quinta.
Em 25 de maio de 2022, na cidade sergipana de Umbaúba (a 101 km de Aracaju), policiais rodoviários federais soltaram spray de pimenta e uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do porta-malas da viatura em que ele foi colocado após uma abordagem.
Nesta quinta, a PRF divulgou estudo sobre o uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais. A previsão é que os testes com os equipamentos comecem no fim deste ano.
Segundo a corporação, a instalação dos equipamentos tem o objetivo de manter a segurança das equipes e das pessoas abordadas nas rodovias federais de todo o país, além de aprimorar as práticas adotadas pela instituição na prestação do serviço à sociedade.
No evento de apresentação do projeto estratégico, a PRF realizou simulação de abordagem com a utilização das câmeras corporais. Por meio da iniciativa, os profissionais apresentaram os equipamentos e as contribuições para o trabalho diário dos policiais.
Durante a simulação, foram apresentados modelos de câmeras de cinco fabricantes diferentes: Axon, Hikvision, Motorola, Multieyes e Teltronic.
A variedade de dispositivos permite aos policiais testar diferentes funcionalidades e características técnicas dos equipamentos, o que proporciona análise completa e escolha da solução a ser adotada, de acordo com o trabalho da PRF.
A Folha de S.Paulo já havia adiantado que o Ministério da Justiça e Segurança Pública pretendia lançar o programa de câmeras em uniformes de agentes da polícia ainda no primeiro semestre deste ano.
RAQUEL LOPES / Folhapress